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Nova liderança do Congresso quer pressionar Lula por ministérios e emendas

O Congresso Nacional, sob nova liderança, intensifica a pressão sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que implemente rapidamente mudanças ministeriais e destrave emendas parlamentares.

O objetivo é garantir a aprovação de projetos vitais, como o Orçamento de 2025, antes do período de Carnaval.

Lula tem enfrentado uma série de problemas, como o alto preço dos alimentos, a crise do Pix e o aumento dos juros, o que contribui para a queda de sua popularidade.

O Centrão, que antes via vantagem na aliança com Lula, agora questiona essa expectativa de poder nas eleições de 2026.

Lula busca entendimento com o STF para assegurar governabilidade

Em resposta, Lula busca uma nova estratégia de comunicação, liderada por Sidônio Palmeira, visando maior proximidade tanto com o público quanto com o Congresso. Ele também busca um possível entendimento com o Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar a governabilidade.

Alcolumbre afirmou que “é essencial respeitar as decisões judiciais e o papel do Judiciário”, mas que também é vital “respeitar as prerrogativas do Legislativo”.

O novo presidente do Senado é visto como um intermediário para a liberação de emendas para bases eleitorais e já discutiu com Lula sobre os problemas criados pelo STF e a posição do União Brasil no governo.

Há uma disputa interna no governo pelo controle de diretorias de agências reguladoras, como a Aneel, com Alcolumbre e outros parlamentares tentando remover Alexandre Silveira (PSD) do Ministério de Minas e Energia.

Governo enfrenta críticas de líderes partidários

Rodrigo Pacheco (PSD), ex-presidente do Senado, está em negociações para se juntar ao MDB. Pacheco é considerado por Lula para ser candidato ao governo de Minas Gerais em 2026. No entanto, ele resiste devido ao crescimento do apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado.

O governo enfrenta críticas de líderes partidários, como Gilberto Kassab (PSD), que chamou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de “fraco”. Outros líderes, como Marcos Pereira (Republicanos) e Ciro Nogueira (PP), também expressaram descontentamento.

O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) alertou que “ninguém quer entrar em barco afundando” e destacou a necessidade de o governo recuperar credibilidade através do diálogo e entregas concretas. Hugo Motta e Alcolumbre planejam se reunir com Flávio Dino para discutir as emendas.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), comentou que “o valor das emendas é muito alto” e defendeu a transparência na aplicação dos recursos públicos. Apesar das dificuldades, o governo ainda não apresentou muitos projetos prioritários ao Congresso.

Entre os projetos, está a proposta de isenção de Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil mensais, além de medidas para combater a inflação dos alimentos. Internamente, membros do governo admitem atrasos na resposta à crise.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi nomeada para a Secretaria-Geral da Presidência, enquanto a maior pressão do Congresso continua sendo para liberar o repasse das emendas.

Fonte: Revista Oeste

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