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Torres fala em perseguição e tenta suspender devolução de salários

A Polícia Federal cobra a devolução de salários recebidos pelo ex-ministro em função de sua prisão preventiva, oficialmente, Torres ainda é delegado federal

A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, entrou com um recurso para suspender a devolução de R$ 87.560 em salários. A Polícia Federal (PF) cobra a devolução de salários recebidos pelo ex-ministro em função de sua prisão preventiva.

Torres ficou afastado do cargo de delegado entre janeiro e maio deste ano, mas continuou recebendo R$ 30 mil por mês.

A defesa enviou um recurso administrativo à PF contestando a devolução dos salários. Os advogados citam um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que diz não ser permitido “a suspensão ou cobrança da remuneração recebida pelo servidor público” no período da prisão preventiva. No recurso, a defesa de Torres considerou que “entendimento diverso do STF seria perseguição política e fere os princípios da administração pública”.

Torres responde por suposta conivência e omissão nos atos de vandalismo ás sedes dos Três Poderes, em Brasília, no 8 de Janeiro, quando ainda era secretário de Segurança Pública do DF.

Nesta terça-feira (8), Torres presta depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Ele entrou com pedido ao STF para que possa ficar em silêncio, Os advogados do ex-secretário do DF argumentam que Torres tem direito constitucional ao silêncio.

O ex-ministro enfrenta ainda um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) interno da PF, que apura supostas ilegalidades cometidas por servidores públicos. Oficialmente, Torres ainda é delegado federal.

Diário do Poder

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