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Procuradoria Geral da República encaminha ao STF relatório sobre operação policial no Rio (Jacarezinho)

Por ter sido considerada, pela opinião pública (diga-se moradores da comunidade do Jacarezinho) e a imprensa, a operação mais letal já acontecida no Rio de janeiro, o procurador-geral da República, Augusto Aras, entregou na última 5ª feira (20), ao ministro Edson Fachin do STF e que é o Relator do processo envolvendo o caso, um relatório sobre a operação na comunidade do Jacarezinho

De acordo com informações colhidas pelo site, o relatório pode contribuir com informações da ação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro nas decisões dos ministros da Corte durante o julgamento, que deve iniciar hoje (21) com previsão de conclusão até o próximo dia 28.

Ano passado o STF decidiu liminarmente que as inserções nas comunidades cariocas só deveriam ocorrer em casos excepcionais e com conhecimento do Ministério Público enquanto durasse a pandemia.

Não foram execuções, foram confrontos, afirmam delegados presente na operação

De acordo com a direção da Polícia Civil carioca, jamais houve execuções na operação. Para os delegados que participaram diretamente da operação, os 27 suspeitos confirmados morreram em decorrência do confronto com os policiais, tinham passagens e mandados e o único executado foi durante a ação foi o agente civil André Leonardo de Mello Frias, de 45 anos, morto com um tiro na cabeça quando desembarcava de um veículo blindado.

Para a Procuradoria Geral Estadual (PGE), as ações da polícia foram legais e estão rigorosamente dentro da Lei. A questão é que o STF não definiu o que pode ser considerado “excepcionalidade”, já que as ações foram para inibir, prender e tirar de circulação traficantes e membros de facções que ameaçam constantemente a comunidade e o próprio Estado com seus crimes.

A repercussão dos fatos e os resultados que devem ser julgados pelos ministros da Corte Maior, principalmente com esse relatório da PGR, preocupam moradores. Pois ao mesmo tempo que os protege da inserção das polícias nos morros cariocas, também os expõe às leis paralelas dos traficantes e mandatários dessas comunidades.

“Como pode impedir a Polícia de fazer o seu trabalho de investigar e prender? Por acaso alguém combinou com os traficantes e marginais que os crimes também estariam impedidos de ocorrerem durante a pandemia? ”, disse um especialista ouvido pelo site.

Da redação

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