Apesar do governo Ibaneis estar fazendo um papel excelente em sua gestão, com mais de 60% de aprovação da população do Distrito federal segundo o Instituto Paraná Pesquisas, o mesmo não se pode dizer da Câmara Legislativa
Desde que se criou no âmbito do DF a CPI para apurar os atos do fatídico dia 08 de janeiro que, inclusive, afastou do cargo um governador reeleito com 832.633 mil votos, por vontade popular, que temas importantes têm sido deixados de lado em prol desta questão, que agora será apurada, também, pela Câmara Federal em uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) instalada e composta por deputados e senadores.
As críticas mais duras já começam a surgir. Hoje (3), professores se reuniram e compareceram à “Casa do Povo” para buscar apoios à classe, que se encontra em indicativo de greve, não pouparam críticas ao comportamento da maioria dos deputados distritais que, pela lógica, deveriam estar preocupados com as pautas e defesas dos problemas da população de Brasília.
Durante a permanência dos docentes nas galerias, o tema que se discutiu com discursos críticos e calorosos de ataques e defesas se resumiram na operação desencadeada pela Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro por conta de possíveis fraudes em cartões de vacinas.
O tema sobre a categoria de docentes ficou em segundo plano e poucos foram os discursos em defesa da pauta dos professores do DF presentes no plenário da Casa. A exceção ficou por conta dos deputados Robério Negreiros (PSD e Líder do Governo) e Fábio Félix (Psol), que embasaram mais o tema.
“Estamos insatisfeitos e decepcionados com o descaso dos deputados diante de uma pauta tão importante, tanto para nós professores como para a sociedade de Brasília”, protestou um docente.
É importante que o parlamento local se preocupe em investigar o que for possível diante dos atos do dia 8 de janeiro, principalmente pelas consequências irreparáveis que isso trouxe para o governo do DF e o próprio governador Ibaneis Rocha, mas eles não podem se sobrepor a uma investigação que deveria ser desencadeada no âmbito federal (o que agora vai acontecer) e esquecer as prioridades daqui.
Para alguns críticos, desde a posse e abertura da atual legislatura, muitas foram as sessões abertas com número regimental previsto, mas que de repente se esvaziava sem que ninguém entendesse o porquê. Isso é muito ruim até mesmo para o governo, pois muitos projetos de interesse com benefícios à população são prejudicados, já que alguns distritais chegam a “fugir” do plenário.
Portanto, bom seria que os nobres parlamentares distritais começassem a se inteirar de que seus compromissos, em primeiro plano, são com a população do DF que os elegeram e são os verdadeiros responsáveis pelo alto custo que mantém a Casa Legislativa.
Por Jorge Poliglota