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CPI DA PANDEMIA: A Raposa cuidando do galinheiro

É mais do que notório, na visão popular, que a instalação da CPI da Pandemia para “apurar” as condutas do Governo Federal diante da pandemia não passa de uma cortina de fumaça para tentarem, a todo custo, aniquilar o governo do presidente mais popular e querido que o Brasil já teve, Jair Bolsonaro

As declarações do Senador da República e relator da comissão que apura ações e possíveis omissões do governo federal, Renan Calheiros (MDB), durante a pandemia soam no entendimento da maioria do povo brasileiro como uma hipocrisia quando ele afirma que “espera que presidente não tenha responsabilidade”.

Ora, até um nome novo foi criado para destacar as mortes causadas pela pandemia: “morticínio do Brasil”.

As mais de 400 mil mortes ocorridas no país até agora não beiram o desastre americano, potência sempre utilizada como parâmetro mundial para tudo. Os Estados Unidos ultrapassaram no último dia 22/02 a trágica marca de 500 mil mortes relacionadas à covid-19, isso em apenas pouco mais de um ano depois que o coronavírus Sars-Cov-2 foi confirmado pela primeira vez e causou sua primeira morte no país.

Segundo contagem mantida pela universidade americana Johns Hopkins, ao todo mais de 28 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus nos EUA – que em números absolutos são, de longe, o país mais afetado pela pandemia no mundo. A terra de Tio San, sozinhos, correspondem por 19% do total de mortes em decorrência da covid-19 registradas oficialmente no planeta. Mas ninguém lá ousou abrir CPI ou criticar o presidente americano.

Falas

Os ilustres membros da CPI brasileira, homens dignos, de condutas ilibadas, que sempre contribuíram com o país, dentre eles o nobre Relator Renan Calheiros, está preocupadíssimo com as “falas” do Presidente que, na visão do senador, são “de uma irresponsabilidade absoluta” quando questionou as vacinas.

“Raposa e Galinheiro – Intimidação?”

A CPI do “Morticínio do Brasil..” (sic) só não esperava que tivesse que estender as investigações aos estados e municípios. Ao ter que apurar governadores e prefeitos para justificarem se os recursos enviados pela União foram bem empregados no combate à pandemia, deixou muitos mandatários de cabelos em pé.

Bolsonaro, que não tem papas na língua e vem criticando a CPI desde sua instalação, aproveitou uma pergunta do Relator Renan Calheiros ao ministro da Saúde na última quinta-feira, Marcelo Queiroga, se “as falas do presidente atrapalhavam o combate à pandemia”. O presidente não perdeu tempo: “Eu queria estar na CPI. Sabe qual seria a minha resposta? ‘Oh, prezado senador, excelentíssimo senador, frase não mata ninguém. O que mata é desvio de recurso público que seu estado desviou. Então vamos investigar o teu filho que a gente resolve esse problema. Desvio mata, frase não mata”, disse, cutucando Calheiros, cujo filho, Renan Filho (MDB), é governador de Alagoas, cujo Estado tem registrado até o momento 178.913 casos da Covid-19 e 4.364 óbitos.

Nas redes sociais as palavras do presidente Bolsonaro soaram como um alerta. Os questionamentos foram de como se comportarão os membros da CPI caso fique demonstrado que não houve nenhuma interferência do governo federal (Bolsonaro) nos resultados da pandemia e o que acontecerá aos governadores e prefeitos que, em muitos casos, foram acusados de omissão nas ações de combates à pandemia.

“Colocaram uma raposa para cuidar do galinheiro”, dizia um comentário nas redes em alusão a indicação de Renan Calheiros para Relator e que, por obrigação, terá que investigar o próprio filho.

É esperar pra ver…

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