**Por Ricardo Callado
Grupos antidemocráticos estariam tentando desestabilizar as eleições, com pesquisas fakes, resultados divergentes e que causam desconfiança na população. No DF, Ibaneis é o alvo dos ataques
O país entra na reta final de campanha das Eleições 2022. Um fato se repete nesse pleito: a manipulação de pesquisas eleitorais para favorecer candidatos alinhados, principalmente a esquerda e a alguns veículos de comunicação.
Trata-se do maior ataque a democracia e ao Estado Democrático de Direito que já se viu no país, inclusive sob as bençãos de alguns ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Supremo Tribunal Federal (STF) e de alguns TREs, que se calam diante de tanta barbaridade.
Os que falam em democracia são os primeiros a tomarem ações antidemocráticas. Mas quem é alinhado ao sistema e está a frente dessa operação, pode cometer crimes impunemente.
Na esfera nacional, tem pesquisa para todos os gostos. Tem aquelas que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ganha no primeiro turno e também as contratadas pela TV Globo e pela Folha, onde mostra a vitória do ex-presidente Lula (PT), também em primeiro turno. É uma farra de discrepâncias.
Essa semana será a mais suja da história das Eleições 2022. O desespero faz com que os que se veem derrotados partam para o tudo ou nada. E nesse vale tudo, mentir, manipular e enganar são apenas detalhes. E nada temem porque tem o sistema e parte do Judiciário ao seu lado. A Justiça, hoje no Brasil, tem lado, tem partido e tem candidatos.
Os dois institutos sob a mira da desconfiança da população são o Ipec (ex-Ibope) e o Datafolha. Coincidentemente, os que a TV Globo usa para “informar” seus telespectadores. Nas últimas eleições foram tantos erros, mas tantos erros, que o Ibope mudou envergonhadamente de nome, e passou a se chamar Ipec. O Datafolha não teve vergonha e se manteve no erro.
Pelos resultados desses institutos, Dilma era senadora, Haddad presidente da República, Manuela prefeita e Rodrigo Pacheco continuaria um mero advogado defendendo grandes causas de seus clientes, principalmente no STF.
No Distrito Federal não é diferente. O bombardeio de pesquisas vai marcar a semana. As pesquisas do Ipec (antigo Ibope) destoam de todas as outras. Existe uma operação coordenada para prejudicar o candidato à reeleição Ibaneis Rocha (MDB). O motivo seria a proximidade da campanha dele com a do presidente Bolsonaro. O sistema não perdoa.
O mesmo Ipec, quando se chamava Ibope, já passou muita vergonha no DF. Chegou ao ponto de anunciar que não mais faria pesquisa em Brasília, tamanho foram os erros cometidos a favor de alguns candidatos.
Nessa reta final, o eleitor deve ficar atento e comparar as pesquisas que virão a público. A TV Globo vai divulgar na próxima semana a última pesquisa de intenção de voto para o governo do Distrito Federal. Nos bastidores se comenta que ela virá “sob encomenda” e que seus números tendem a mostrar uma realidade que não existe.
Essas possíveis manipulações chamaram a atenção inclusive do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. “Nada justifica resultados tão divergentes dos institutos de pesquisas. Alguém está errando ou prestando um desserviço. Urge estabelecer medidas legais que punam os institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura”, disse em suas redes sociais.
Lira afirmou que não se pode permitir que haja manipulações de resultados em pesquisas eleitorais. E concluiu que esses crimes ferem a democracia.
Na Câmara, fala-se que em breve deve ser aberta uma CPI das Pesquisas para investigar essas possíveis manipulações.
O eleitor está cansado de ser enganado por pesquisas encomendadas. E assistir ataques velados ao Estado Democrático de Direito e a liberdade de expressão.
** Ricardo Callado é jornalista, foi Secretário de Comunicação do GDF e é o Editor Chefe do Portal do Callado