Em operação contra corrupção, MPDFT faz busca e apreensão na casa de Agnelo

FELIPE MENEZES/METRÓPOLES

A ação, batizada de Operação Alto Escalão, é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (23/7), uma operação para apurar fraude na compra de leitos hospitalares. O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e o ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa estão entre os alvos.

A ação, batizada de Operação Alto Escalão, é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). São cumpridos 13 mandados de busca e apreensão.

Segundo apurado pelos promotores, para que esse negócio fosse adiante, o dono da empresa Hospimetal pagou R$ 462 mil a agentes que atuariam em nome de ex-ocupantes de cargos do alto escalão do Governo do Distrito Federal. O valor equivale a 10% do montante total do contrato.

A vantagem indevida teria sido paga por meio de um contrato fictício de publicidade e marketing firmado entre a empresa que pretendia vender seus produtos à Secretaria de Saúde do DF e o Instituto Brasília pra o Bem-Estar do Servidor (IBESP).

Em razão desse pagamento, a empresa foi contratada pela Secretaria de Saúde no ano de 2014. O esquema ilícito já havia sido desmantelado pelo GAECO, que ofereceu denúncia contra servidores públicos e o proprietário da referida empresa. Os novos fatos foram revelados em colaboração premiada e após a realização de investigações e diligências independentes, além de provas obtidas do processo original. A Operação conta com o apoio da Polícia Civil do DF.

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Memória

A operação desta quinta-feira (23/07) é desdobramento de outra investigação do MPDFT, denominada de Checkout. A primeira fase da operação foi deflagrada em junho de 2018, cumpriu 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

À época, o Ministério Público investigou servidores da SES-DF e funcionários de empresas privadas envolvidos na possível fraude à licitação e corrupção na compra de macas, leitos de hospitais e outros tipos de mobiliários para unidades da rede pública.

A segunda fase, deflagrada em fevereiro de 2019, cumpriu diligências no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), no Guará e na cidade de São Caetano do Sul (SP), numa empresa de turismo.

Fonte: Metropoles.com

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