O Antagonista
O ministro das Comunicações de Lula foi indiciado pela Polícia Federal em junho de 2024, mas o caso segue parado
Finalizada a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Procuradoria-Geral da República, de Paulo Gonet, deve se dedicar a partir de agora à conclusão da análise do indiciamento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil, foto).
A expectativa, segundo O Globo, é que a PGR decida se irá ou não denunciar o ministro de Lula ainda neste semestre.
Juscelino foi indiciado pela Polícia Federal (PF) em junho de 2024.
O caso, no entanto, segue parado.
O indiciamento do ministro de Lula
A Polícia Federal indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele foi investigado pelo desvio de emendas parlamentares, no período em que atuava como deputado federal, para a pavimentação das ruas de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, cidade comandada por sua irmã Luanna Rezende.
O indiciamento é baseado em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre uma das obras ter beneficiado propriedades da família do ministro.
O documento aponta que a pavimentação de 80% de uma estrada financiada com emendas parlamentares de Juscelino beneficiaria apenas o ministro das Comunicações do governo Lula (PT) e seus familiares.
A CGU também afirma que o trecho entre as propriedades da família do ministro beneficiado com a pavimentação já havia sido favorecido por uma obra de 2,5 milhões de reais em 2017.
O que Lula disse sobre Juscelino?
Após o indiciamento, Lula saiu em defesa do ministro, alegando que ele tem o direito de provar que é inocente.
“Eu acho que o fato de o cara estar indiciado não significa que ele cometeu um erro. Significa que alguém está acusando, e a acusação foi aceita. Agora, é preciso que as pessoas provem que são inocentes”, disse o petista.