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Bancada do DF quase não dá trabalho pra Bolsonaro

Com exceção de Erika Kokai (PT) e Professor Israel (PV), os demais integrantes da bancada federal do DF tem se posicionado, na maioria dos votos, favoráveis às propostas de Bolsonaro

Se Bolsonaro tenta costurar com o Centrão uma base parlamentar para dar governabilidade a sua gestão, da bancada do DF, ele não tem muito o que reclamar. Pelo menos, nove, dos onze parlamentares que representam a Capital Federal, votaram majoritariamente a favor das propostas do Executivo. Na maioria das votações, em sua grande maioria, os parlamentares que representam o morador de Brasília fecharam com o Planalto.

Passados dois anos da eleição que definiu a bancada federal que representará o Distrito Federal até 2022, já é possível identificar quem são os parlamentares que mais apoiam as propostas do governo de Jair Bolsonaro. No levantamento de postura governista, realizado pelo site Congresso em Foco, a deputada Bia Kicis (PSL) e o senador Izalci Lucas (PSDB), que até pouco tempo exerciam as funções de vice-líder do governo, destacam-se, como era de se esperar, em primeiríssimo lugar. Os dois apresentam taxas de maior adesão aos projetos do Executivo: 96%. O índice dos dois supera em muito a taxa média da Câmara, onde o alinhamento médio foi de 72%, e a do Senado, de 87%. É sempre bom lembrar que, nesse período, foram votados temas polêmicos, como a reforma da previdência, que retirou direitos de trabalhadores e aposentados; bem como, flexibilização no porte de armas e no Código de Trânsito, dentre outros temas importantes.

Se Bolsonaro tenta costurar com o Centrão uma base parlamentar para dar governabilidade a sua gestão, da bancada do DF, ele não tem muito o que reclamar. Pelo menos, nove, dos onze parlamentares que representam a Capital Federal, votaram majoritariamente a favor das propostas do Executivo. Na maioria das votações, em sua grande maioria, os parlamentares que representam o morador de Brasília fecharam com o Planalto. Depois dos dois ex-vice-líderes, citados acima, pelo levantamento do Congresso em Foco, quem mais apoiou as propostas do governo foi o deputado Júlio César Ribeiro (Republicanos), em 94% das votações; e a deputada Flávia Arruda (PL), em 92% das votações.

O levantamento leva em conta 347 votações nominais realizadas entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2020, na Câmara. Já no Senado foram avaliadas 230 votações nominais realizadas entre fevereiro de 2019 e 12 de setembro de 2020.

A apuração de como cada parlamentar se posicionou no Congresso Nacional, realizado pelo Congresso em Foco, aponta o deputado Luís Miranda (DEM), que trocou a Florida por uma vaga na Câmara, como outro que não compra briga com o Palácio do Planalto. Sua taxa de governismo alcança 84%. Logo em seguida, está Paula Belmonte (Cidadania), esposa do advogado e empresário Luís Felipe Belmonte, suplente de Izalci Lucas e responsável pela viabilização do partido Aliança Brasil – que Bolsonaro almejou para resolver sua crise com o PSL . A postura parlamentar por ela apresentada não suscita problemas nem pro marido, nem pra Bolsonaro. Em 82% das votações ocorridas na Câmara dos Deputados, ela votou de acordo com os anseios da presidência da República.

O percentual médio de alinhamento dos 81 senadores até setembro de 2020 era da ordem de 87%. Na Câmara dos Deputados era um pouco menor, 72%, mas sem gerar grandes dificuldades para o Planalto. Gráficos do Congresso em Foco.

Evangélicos

Luís Miranda e Júlio César Ribeiro também se destacam no seio da bancada evangélica, formada por 105 deputados e 15 senadores, o que equivale a 20% do Congresso. A adesão deles às propostas legislativas de Bolsonaro chega a ser superior à média dos evangélicos, aferida em 89%.

Senado

No Senado Federal, além de Izalci Lucas, Reguffe (Podemos) e Leila do Vôlei (PSB) tiveram comportamento semelhante. Nas propostas legislativas submetidas aos senadores, a primeira senadora mulher de Brasília apoiou as iniciativas de Bolsonaro em 78% das ocasiões. Reguffe, que termina seu mandato em 2022, apresentou índice de governismo de 72%. Comparado ao comportamento do universo dos 81 senadores, os dois apresentaram índices moderadamente menos adesistas do que a média do plenário. Na Casa Alta do Parlamento, o alinhamento com o governo é de 87%.

Oposição

Postura mais críticas às propostas de Jair Bolsonaro foram aferidas na atuação dos deputados Professor Israel (PV) e Erika Kokai (PT). Após analisar 510 votações na Câmara dos Deputados, o Congresso em Foco identificou o apoio do Professor Israel em 30% delas e de 19%, para a parlamentar petista. Se houvesse um título de deputado mais oposicionista a Bolsonaro, em Brasília, esse título seria de Kokai.

O Levantamento do Congresso em Foco não aponta os dados de Celina Leão (PP), licenciada em maio de 2020 para assumir a secretaria de Esportes do GDF. Já a avaliação de seu suplente, Tadeu Filippelli (MDB) indica que desde a sua posse, ele votou favoravelmente às propostas de Bolsonaro em 92% das ocasiões.

Por Chico Sant’Anna, com base nos dados do Congresso em Foco

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