Gakiya, que combate o PCC há 17 anos, foi responsável por transferir chefes do crime para presídios federais e vive sob constante escolta. Ele já criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro em um debate presidencial no ano passado
A Polícia Federal (PF) anunciou que o promotor de justiça Lincoln Gakiya, integrante do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), era um dos alvos de sequestro e morte planejados pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC). A Operação Sequaz, deflagrada nesta quarta-feira (22/3), teve como objetivo prender integrantes da organização criminosa que planejavam ataques contra servidores e autoridades públicas.
Gakiya, que há 17 anos combate ações do PCC, foi responsável por transferir chefes do crime para presídios federais, como Marcos Camacho, conhecido como Marcola. Por causa das diversas ameaças que recebeu, ele vive sob constante escolta. Marcola estava na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo, mas em dezembro de 2018 foi transferido para uma unidade federal.
O promotor de justiça já criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro em um debate presidencial no ano passado, afirmando que o governo dele foi responsável pela transferência de Marcola. Ele também criticou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva por não ter removido Marcola durante os 14 anos de governo petista. O ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que determinou a transferência de Marcola, concordou com as falas de Gakiya em um vídeo publicado na época.
Gakiya ressaltou que não é filiado a nenhum partido político e que seu compromisso é com a verdade, independentemente de partidos políticos.