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Projeto de reabilitação no Base reduz tempo de permanência na UTI

Iniciativa em parceria com o Hospital Sírio-Libanês completou dois meses e mostrou resultados positivos

O serviço de reabilitação de pacientes graves que ficaram com sequelas da covid-19 oferecido no Hospital de Base (HB) reduziu em 57% o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva (UTI). É o que mostra o balanço de dois meses do projeto Reab Pós Covid-19, executado desde novembro em parceria com o Hospital Sírio-Libanês e o Ministério da Saúde. Os resultados da iniciativa foram divulgados nesta terça-feira (15) no último encontro presencial no HB.

A rotatividade só foi possível devido à instalação dos 15 leitos de enfermaria exclusivos para o tratamento, no sétimo andar. “Com a nova infraestrutura, pudemos encaminhar os pacientes com covid-19 da UTI para a nova ala”, explicou a gerente de Enfermagem do hospital, Thaís Ribeiro, responsável pela implementação das mudanças sugeridas no projeto. “Como resultado, conseguimos admitir mais pacientes na UTI e salvar mais vidas”, completou.

O tempo médio de permanência dos pacientes internados na UTI antes do início do projeto era de 10,8 dias. Até dezembro, esse número foi reduzido para 4,6 dias. “Se olharmos para trás, veremos que mudamos muito, do início da pandemia até agora”, destacou Thaís.

O serviço conta com equipe completa composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, psicólogos e terapeutas ocupacionais.

Melhorias com o projeto Reab pós-Covid

A equipe multiprofissional do Hospital de Base (HB) começou a ser treinada por especialistas do Hospital Sírio-Libanês em 16 de novembro. O objetivo era aperfeiçoar os serviços de reabilitação de pacientes com covid e implementar uma estrutura de controle para melhorar a qualidade assistencial.

Entre os principais resultados do projeto estão o maior controle e mapeamento dos pacientes; a padronização dos leitos — com identificação padrão e planos de cuidados multidisciplinares dos internados —; e os resultados assistenciais apresentados na unidade, como o quantitativo de altas e óbitos. “Conseguimos fazer com que todos os profissionais envolvidos tenham acesso às previsões de alta. Essa organização também nos ajuda a visualizar o que podemos melhorar”, afirmou Thaís.

Para o chefe do Núcleo de Enfermagem da Emergência, Matheus Henrique de Sousa, o projeto evidenciou a importância do trabalho em equipe. “A gente vê o quão somos fortes quando estamos juntos. Vínhamos trabalhando com excelência, mas aprimoramos o atendimento.”

Depois das cinco semanas de encontros presenciais e remotos, o Hospital de Base ainda passará por mais quatro meses de monitoramento pelo projeto Reab pós-Covid.

Texto: Thais Umbelino / Fotos: Davidyson Damasceno/Ascom Iges-DF

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