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Silvio Almeida teria passado a mão entre as pernas de Anielle em reunião

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatou a colegas do governo Lula que um dos episódios de assédio sexual cometidos contra ela pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, teria ocorrido durante uma reunião sobre combate ao racismo, em maio de 2023.

A reunião ocorreu na sede do Ministério da Igualdade Racial, em Brasília, no dia 16 de maio de 2023. Além de Anielle e Silvio Almeida, participaram do encontro o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o diretor-presidente substituto da Anac, Tiago Pereira.

Segundo os relatos de Anielle a ministros, Silvio Almeida teria passado a mão entre suas pernas por baixo da mesa enquanto a reunião acontecia. A ministra da Igualdade Racial estava sentada na cabeceira da mesa, ladeada pelo titular da pasta dos Direitos Humanos e pelo diretor da PF.

A coluna procurou pessoas que participaram da reunião. Eles disseram não terem visto o momento do suposto assédio de Silvio Almeida a Anielle. Os participantes, no entanto, relataram que a ministra da Igualdade Racial terminou o encontro visivelmente incomodada.

PF vai investigar assédio

Nesta sexta-feira (6/9), a Polícia Federal anunciou que decidiu abrir um inquérito para apurar as denúncias de assédio sexual envolvendo Silvio Almeida. As acusações foram reveladas pela coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, nessa quinta-feira (5/9).

As denúncias envolvem Anielle e outras mulheres que teriam procurado o Me Too, movimento que acolhe vítimas de violência sexual. A organização confirmou em nota à imprensa ter recebido as denúncias, mas disse não poder informar os nomes das mulheres.

Procurada, Anielle se mantém em silêncio sobre o assunto até agora, no que tem sido lido em Brasília como uma confirmação da denúncia. A ministra conversará nesta sexta com o presidente Lula e pretende confirmar as acusações, conforme já noticiou a coluna.

Silvio Almeida, por sua vez, não se pronunciou sobre o episódio da reunião. Na quinta, ele divulgou um vídeo e uma nota dizendo repudiar “com absoluta veemência” as denúncias. O ministro argumentou que as acusações são uma perseguição contra ele e cobrou investigação.

O Palácio do Planalto, por sua vez, divulgou uma nota oficial afirmando que Silvio Almeida foi chamado na noite de quinta para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, sobre as denúncias de assédio sexual.

“O Governo Federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, diz a nota da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência.

No Planalto, a avaliação é de que a permanência de Silvio Almeida no cargo se tornou “insustentável”. Para auxiliares de Lula, o ideal seria o próprio ministro pedir para sair. Silvio Almeida, porém, não tem demonstrado essa disposição. E, se for demitido, promete “cair atirando“.

Por Metrópoles

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