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Relatora da CPMI do 8 de Janeiro é pressionada a renunciar após trocas de mensagens com filho de ex-ministro

A senadora Eliziane Gama, relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, está sendo pressionada a renunciar ao cargo após a divulgação de trocas de mensagens entre seu assessor e o filho do general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Nas mensagens, Gabriel Dias, filho do general, negocia um encontro entre o assessor da senadora e o pai. O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS), que é oposição a Eliziane Gama, pediu a renúncia da relatora.

“Esperava da relatora que ela tivesse a grandeza de ter renunciado ao cargo dela”, disse Marcon. “Para o povo entender, a relatora é como juiz. Ela vai fazer um relatório final sobre os atos do 8 de Janeiro e combinou perguntas e respostas com G. Dias para que ele, provavelmente, não fosse surpreendido.”

O deputado Felipe Barros (PL-SP) também alegou que houve um encontro entre G. Dias e o assessor da equipe da senadora no dia 29 de agosto. Segundo Barros, o ex-GSI teria recebido um documento com perguntas e respostas que seriam feitas no depoimento do general.

Eliziane Gama negou as acusações. Ela disse que nunca viu o filho de G. Dias e que nunca trocou mensagens com ele. A senadora acredita que a oposição está tentando desacreditar seu trabalho na CPMI.

“Há um certo desespero da parte deles”, disse Eliziane Gama. “Temos uma delação premiada aprovada e documentos que estão chegando à CPMI. Acho normal o desespero.”

Da redaçao

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