A Justiça Eleitoral resolveu suspender as autopropagandas do senador Izalci Lucas (PSDB), pré-candidato ao governo do Distrito Federal, por entenderem que as propagandas gratuitas não podem ser confundidas com propaganda eleitoral
O desembargador do TRE-DF, Renato Guanabara Leal, mandou suspender as propagandas partidárias usadas pelo senador tucano Izalci Lucas (PSDB) para se autopromover e atacar o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB). O desembargador do TRE-DF Renato Guanabara Leal disse que propaganda partidária gratuita não pode ser confundida com propaganda eleitoral.
Izalci, que é Presidente do diretório regional do PSDB no DF,vinha usando as inserções na TV para atacar o governo de Ibaneis Rocha. Os vídeos divulgados na TV por Izalci, por meio do PSDB, limitaram-se a fazer críticas à atual gestão do GDF e sempre trouxeram o senador como “único ou principal interlocutor”, até mesmo na propaganda destinada à promoção e à difusão da participação feminina na política.
Para o Desembargador Renato Leal, o momento já está definido pela Justiça Eleitoral e será oportunizado no segundo semestre deste ano. Enquanto isso, a lei precisa ser cumprida à risca.
A liminar foi expedida a partir de um pedido do Avante, partido do vice-governador do DF, Paco Britto. Segundo a sigla, Izalci “ataca adversário político, com propaganda negativa, afirmações absurdas, caluniosas e com o único objetivo de propagar informações falsas, conhecidas como fake news”.
Izalci disse à coluna que vai recorrer da decisão. “O que se discutiu não foi o conteúdo, mas a forma como foi feito. Tudo que está na propaganda é real, verdadeiro, público e notório. A população não consegue fazer consulta ou exame na rede pública de saúde e falta oportunidade de trabalho para 400 mil pessoas que estão desempregadas. É papel do partido político mostrar a realidade”, afirmou.
A defesa do PSDB disse que todas as propagandas seguem rigorosamente o que determina a lei e negou que haja fake news. “A propaganda partidária aborda a posição do partido em relação aos temas políticos atuais de interesse da sociedade civil, como governança, corrupção, eficiência administrativa, além de projetos e propostas para solução dos problemas da comunidade de forma geral”, afirmou.
Da redação com informações Metrópoles.com