Parlamentares querem utilizar os recursos do Fundo Eleitoral para socorrer o Rio Grande do Sul

É um momento mais que oportuno para os políticos demonstrarem cabalmente que são preocupados com aqueles que representam”, disse o senador Ireneu Orth (PP-RS)

Parlamentares defendem a realocação de recursos do fundo eleitoral para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul, severamente atingido por chuvas recentes. Diversos deputados e senadores, representando tanto a base quanto a oposição, apresentaram propostas na segunda-feira (6) com esse objetivo.

Entre eles, Bibo Nunes (PL-RS), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Kim Kataguiri (União-SP) propuseram um projeto de lei que destina metade do fundo eleitoral — orçado em R$ 4,9 bilhões — para necessidades imediatas como fornecimento de água potável e energia elétrica no estado. Esta medida disponibilizaria aproximadamente R$ 2,45 bilhões para o Rio Grande do Sul.

“Esses recursos seriam fundamentais para uma rápida recuperação da infraestrutura danificada e para assegurar recursos básicos à população”, relata o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança.

Bibo Nunes também destacou a importância da cooperação entre o poder público e os partidos políticos para alocar esses recursos para as necessidades emergenciais do estado devastado.

Adicionalmente, o senador Jorge Kajuru (PSB) enviou dois ofícios — um para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e outro para o presidente do TSE, Alexandre de Moraes — pedindo o redirecionamento de parte dos fundos eleitorais e das emendas de comissão que foram vetadas pelo governo federal. Proposta similar foi feita pelo senador Ireneu Orth (PP-RS).

Kajuru argumenta que, mesmo com a redução para a metade, os partidos ainda disporiam de 70% do valor que foi utilizado quatro anos atrás em eleições, mitigando qualquer argumento de insuficiência de fundos para campanhas eleitorais.

Ele também sugere que o momento é ideal para os políticos demonstrarem verdadeira preocupação com os cidadãos que representam, considerando a manutenção do veto presidencial a R$ 5,6 bilhões de emendas de comissão, desde que esses recursos sejam direcionados para o auxílio ao Rio Grande do Sul.

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