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OAB-DF: 3ª via nas próximas eleições de novembro no DF pode mudar a cara da entidade

No próximo dia 21 de novembro, uma das entidades seccionais de maior importância no país, a OAB-DF, realizará as eleições de sua nova diretoria. Pelas propostas, as expectativas é que as mudanças sejam muito significativas atendendo a anseios antigos dos advogados

O advogado tributarista Guilherme Campelo, candidato a presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), lidera o Movimento INOVOAB. Ele pretende integrar a OAB-DF, trazendo a base para participar das decisões da Ordem.

“Vamos acabar a polarização, estamos cansados. São 18 anos sempre os mesmos. As mesmas figurinhas carimbadas. A velha OAB. Pagamos uma anuidade alta e não temos contrapartida. O jovem advogado quer o apoio da ordem. A entidade tem hoje em torno de 30% de jovens advogados que se sentem desmotivados pelo abandono”, desabafa Campelo.

A anuidade atual gira em torno de 850,00 reais por mês. A pandemia causou um dano terrível aos advogados, principalmente os iniciantes. Muitos escritórios foram fechados porque não havia como manterem os gastos. Além disso, alguns profissionais que só viviam da profissão através de escritórios montados, tiveram momentos de extrema dificuldade ao ponto de receberem cestas básicas para manterem suas famílias.

A mesma opinião foi externada pelo advogado Carlos Araújo. Segundo ele os advogados, atingidos pela falta de clientes, tiveram que entrar na fila para receber cesta básica, desde que tivessem com as suas anuidades em dia. “Ora, como pagar uma anuidade de R$ 850 reais para ter uma cesta básica de R$40 reais? Foi humilhante. Quem apanha não esquece”, disse.

Hoje, segundo declara o candidato a presidente da chapa InovOAB, a instituição vem sendo monopolizada, até mesmo politicamente, entre dois grupos que se alternam no poder. A utilização política pela entidade é outro fator que tem sido determinante na falta de interesse e motivação na hora das votações nos pleitos eleitorais. Nossa ideia é frear isso e fazer valer o verdadeiro objetivo pela qual a entidade foi criada, ou seja, a valorização de seu advogado filiado e o atendimento a população.

Cerca de 30% dos advogados mais antigos (acima de 15 anos de profissão) não comparecem as votações, preferindo pagar a multa de 20% da anuidade (170,00), porque não se sentem apoiados e representados.

A Chapa InovOAB traz um diferencial das demais chapas. Ela traz consigo a oportunidade dos advogados das seccionais de participarem da composição das 126 vagas, principalmente os mais jovens. São advogados que estão, atualmente, esquecidos em suas respectivas Regiões Administrativas.

Uma das plataformas da chapa é a prestação de contas públicas. Isso seria uma coisa inédita em toda a OAB brasileira. Jamais isso aconteceu. Isso faz parte da transparência e seriedade que ela se propões, caso vença o pleito.

Há duas décadas dois grupos tradicionais da advocacia brasiliense vêm se revezando à frente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF). Essa disputa elitista é comparada a velha política dos coronéis, onde só tem vez as maiores bancas políticas. A eleição deste ano, que acontece em novembro próximo, os advogados medalhões pretendem de novo elitizar a disputa.

Só na eleição passada foram 12 mil advogados que não votaram, em um colégio eleitoral de 30 mil. Essa abstenção foi maior que os votos recebidos pela atual diretoria. Isso mostra a insatisfação da classe.

“A minoria está elegendo as gestões. Eles não se sentem respeitados pela instituição. Muitos usam a OAB como trampolim para promover o seu escritório ou concorrer a outros cargos. Isso vai mudar”, acrescenta Campelo.

Para o candidato do Movimento InovOAB, “os advogados nas cidades não têm condições de trabalho, não tem apoio da OAB-DF. Precisamos mudar isso”, afirmou Campelo.

Guilherme Campelo, mesmo de uma família tradicional de advogados, nunca participou de nenhuma direção da OAB e de nenhum dos grupos que se revezam no comando da Ordem. Ele se apresenta como o novo, e que vai fazer a diferença. E diferente do que as atuais gestões vem fazendo. “Eu não preciso me promover, fazer clientela, minha família tem escritório desde a década de 60 em Brasília. O meu discurso é o de mostrar propostas viáveis para a advogacia, enquanto eles estão se atacando. Queremos mostrar proposta para a própria classe”.

Para muitos advogados, hoje a OAB-DF não serve para nada. Por isso a abstenção aumenta a cada pleito. Os advogados não se sentem valorizados. É o caso de Ricardo Mirante, com 21 anos de formado, que desabafa: “A OAB-DF hoje não serve para nada, nunca auxiliou na minha profissão em nada, não serve pra nada. E é assim que sentem muitos dos advogados”.

Entre as propostas estão:

  • Reduzir pela metade a anuidade da OAB-DF no primeiro ano de gestão.
  • Transferir, uma vez por mês, a sede da seccional para uma subseção do entorno, colocando membros do conselho à disposição dos advogados e realizando atividades especiais.
  • Construir creches para filhos de advogados, atendendo principalmente Taguatinga, Gama e Sobradinho.
  • Sistema push para avisar os advogados de atualizações do portal de transparência da OAB-DF.
  • Retomar o Programa de Apoio ao Estudante de Direito.
  • Subsídio do TOKEN, dispositivo que permite aos advogados gerirem seus processos que hoje são completamente eletrônicos
  • Instalar computadores na sede da seccional e nas subseções para uso coletivo dos advogados.
  • Retomar o Prêmio Maurício Corrêa.

Da redação com informações Portal do Callado e RadarDF

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