Ex-presidente participará de um tradicional almoço da oposição, em meio à expectativa sobre a possível denúncia da PGR
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai ao Senado nesta terça-feira, 18, para um tradicional almoço da oposição, segundo revelou o jornal Folha de S.Paulo.
A visita à Casa Legislativa ocorrerá em meio à possível denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o ex-presidente.
No dia seguinte, o senador Flávio Bolsonaro (PL) deve ser confirmado como presidente da Comissão de Segurança Pública, enquanto a senadora Damares Alves (Republicanos) deve assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos.
Denúncia
Como mostramos, o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, deve apresentar até a próxima sexta-feira, 21, sua primeira leva de denúncias relacionadas à tentativa de se instaurar um golpe de Estado no país. O principal alvo, nesse momento, será o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A tendência é que Gonet aponte Bolsonaro com o mentor intelectual dos ataques à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. O PGR acompanharia o indiciamento da Polícia Federal (PF) e deve sugerir a punição por crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
“Fora Lula” só em 2026?
Bolsonaro divulgou um vídeo nesta segunda-feira, 17, para reforçar uma mensagem que já tinha passado aos aliados: a manifestação convocada para 16 de março não tem entre as pautas o impeachment de Lula.
“Olá, amigos. No próximo 16 de março, domingo, manifestações por todo o Brasil. Eu, Silas Malafaia e outras lideranças estaremos em Copacabana, Rio de Janeiro. A nossa pauta: liberdade de expressão, segurança, custo de vida e ‘Fora Lula 2026’ e a ‘Anistia já”, diz o ex-presidente no vídeo.
“Eu peço a você que vai participar em outros municípios: procure saber qual é a pauta e quem estará organizando esse movimento. Uma boa sorte a todos e até lá, se Deus quiser”, finaliza o vídeo, com o trecho inicial do hino nacional.
“Não tô entendendo”
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que ganhou relevância recentemente ao viralizar com o vídeo contra o monitoramento do Pix, discorda da estratégia de Bolsonaro de deixar Lula sangrar até 2026.
“Graças ao movimento de impeachment da Dilma, o Bolsonaro ganhou ainda mais força. Não dá pra cravar o futuro assim. Não tô entendendo o porquê (sic) não deixar as pessoas manifestarem sua indignação nas ruas… o poder pelo jeito não emana do povo”, reclamou o deputado ao debater com seguidores no X.
“O Lula quer gente na rua pedindo o impeachment dele? Pois é, é exatamente por isso que temos que ir”, disse Nikolas em outras postagem.
O Antagonista