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É HOJE: CABE PMDF decide quem conduzirá a associação

Finalmente, e depois de vários embates nas redes sociais, hoje (12) é um dia muito importante para a Caixa Beneficente da Polícia Militar CABE-PMDF. As eleições acontecerão na sede da agremiação localizada no SIA TRECHO 03 LOTE 1470/1480 – DISTRITO FEDERAL

A partir das 08:00 horas, até as 17:00 horas, acontecerá as eleições na agremiação para a escolha de seus dirigentes. A briga está acirrada entre as duas chapas que querem conquistar o eleitorado composto por praças e oficiais da corporação. Uma projeção, não oficial, num site voltado para assuntos militares, até o fechamento dessa matéria apontava uma vantagem para a Chapa 2 (RENOVAÇÃO) em relação a Chapa 1 (CABE PARA TODOS), com percentuais de 66% contra 34%, respectivamente.

Um fato inédito está motivando os associados. Pela primeira vez desde a criação da associação e por exigência de seus associados, a mudança do Estatuto Social e o Regimento Interno em 2019 possibilitarão que um Praça associado e em dia com suas obrigações estatutárias possa concorrer à Diretoria Executiva (Presidência).

Isso tem levado o associado a repensar seu afastamento e comprometimento com a associação e reacende a esperança de mudanças significativas na prestação dos serviços e também na forma política dela ser bem aproveitada.

Como em toda eleição, as promessas por parte dos candidatos são naturais. De um lado a presidente da atual diretoria, a coronel da reserva Maria Costa candidata da Chapa CABE PARA TODOS, se compromete a aperfeiçoar os atuais serviços prestados aos sócios e aumentar os benefícios. Por outro lado, a CHAPA RENOVAÇÃO, encabeçada pelo subtenente da ativa Geraldo Alves, promete mudanças que possam trazer incentivo ao associado em participar mais efetivamente da gestão como uma nova mudança do estatuto onde o Cabo e o Soldado possam votar e ser votado sem passar pela quarentena de 12 anos como associado.

No frigir dos ovos, tanto a atual diretoria, que executa um bom trabalho de gestão, como a pretendente à vitória, chapa Renovação, buscam um nicho de mais de 12 mil associados e isso tem um peso significativo. O problema é que devido a vários fatores negativos que envolveram a associação nos últimos anos, tirar o associado de casa para ir votar será uma batalha árdua. Até porque quando o assunto é eleição envolvendo PMs, a coisa é sempre mais complicada.

Um exemplo claro são algumas narrativas, retiradas das redes sociais, onde a divergência fica claramente estabelecida. Na opinião de muitos, a classe policial militar tem características muito imediatistas e autofágicas. A segregação de postos e graduações é uma briga antiga que até hoje não conseguiram equacionar, mesmo com as mudanças democráticas que aconteceram no país.

Extraímos um excelente texto de uma dessas redes sociais de policiais. Vamos preservar seu autor, até mesmo para que não sofra os efeitos do rígido sistema militarizado. Mas suas palavras refletem a maioria do que muitos pensam e que de alguma forma não tem oportunidades de expressar e nem forças para mudar. Veja abaixo (com algumas adaptações):

“Eu fico impressionado, como a maioria dos policiais militares tem repúdio ao discurso coletivista, mas volta e meia estão abraçados na retórica de lutas de classes.

Ou não entendeu a miséria desses discursos, que nos leva a autodestruição ou não tem tanta antipatia assim pelo coletivismo. (onde vc esconde seu esquerdismo? rsrsrsrs)

Essa retórica de Praças contra oficiais, oficiais opressores e praças oprimidos, que oficiais não querem o bem da tropa, ela pode cair como uma luva nesses períodos eleitorais que afloram os sentimentos para cativar votantes.

Embora seja inegável que existam injustiças latentes na corporação que mereçam ser revistas, garanto que existem oficiais que tem convicção que a função primordial do comandante é servir a tropa, atender as necessidades do subordinado (não os desejos) e não se servir deles, que anseiam em ser exemplo e inspirar os Policiais Militares que estão sob seu comando.

E essa história de que quando os oficiais se unem, não é bem verdade, também ocorre brigas entre as turmas, vaidades entre comandos, desentendimentos entre funções, não é uma classe tão unida quanto imaginam.

E por isso mesmo que a nossa Corporação vem perdendo algumas conquistas, deixamos de ser referência em relação às outras PMs do Brasil.

Vaidade, soberba e principalmente proliferação de interesses de grupos políticos divergentes entre si.

Esse fenômeno dos indivíduos buscar, acima de tudo, benefícios, privilégios, poder, independente de quem tenha que atropelar ou prejudicar, não é exclusivo das praças ou dos oficiais, é do ser humano.

O marketing existe em todo segmento. Aquele que conseguir pegar o “Time” colherá bons frutos, sem dúvidas. No entanto, o que precisa ser entendido é que a oportunidade de mudanças também faz parte do processo democrático e no final o pensamento deve ser sempre voltado para a coletividade. Praça ou Oficial não importa! O importante será quais os benefícios para a associação, a entidade ou até mesmo a instituição e seus integrantes.

E apenas para fazermos uma reflexão, um estudo comparado com outras corporações policiais militares, aquelas que vem se destacando, estão obtendo benefícios substanciais nas suas remunerações e nas suas carreiras, coincidentemente, são aquelas em que entre oficiais e praças abandonaram a velha retórica marxista de luta de classes.

Na verdade, deveria ser um fato axiomático, onde enxergar exclusividade de premissas marxistas no discurso, nas ações, na política econômica, criminal, nunca vai se obter prosperidade. A prova é que onde foram superadas divergências de grupos de interesses políticos para pensar e tornar Corporação, Grande, Produtiva, Representativa, os frutos estão sendo colhidos.

PMMG, PMSC, PMGO… tem uma alta adesão dos policiais Militares em suas associações de praças e oficiais, com destaque para as Associações que congregam tanto praças como oficiais em seus quadros.

Portanto, clamo: Não peguem uma declaração infeliz de algum oficial, ou ainda um comportamento inadequado de alguma praça e tome isso como grande proporção para fomentar luta de classes”. (Autor preservado).

Que venha as eleições e vença a vontade soberana dos associados da gigante CABE-PMDF…

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