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E a noiva casou: Júlia Lucy oficializa união com o partido União Brasil

É fato que deputados sem chances de eleição vão querer, a todo custo, sair por cima para não deixar feio para seus eleitores os mandatos pífios que fizeram ao longo de quatro anos

E a moda agora é todo mundo correr para disputar uma cadeira federal. A razão? É simples ora.

Os tubarões distritais vão encher o aquário legislativo, não há dúvidas. Poucas sardinhas conseguirão nadar em águas tão perigosas e conseguir chegar ao final ilesos. Uma saída honrosa é o caminho.

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Concorrer a uma cadeira federal em um partido com grandes potenciais de votos e figuras ilustres, pode não prosperar uma vaga, mas com certeza algum dividendo eleitoral (votos) colherá e é aí que entra o segredo.

Um deputado federal de 8 a 20 mil votos tem um olhar muito diferenciado dos presidentes de siglas. Isso pode render ao candidato uma posição confortável no cenário administrativo de qualquer governo. Uma administração, uma secretaria ou subsecretaria, a direção de uma estatal e até mesmo uma boa assessoria por aí afora. Quem está tendo essa visão está migrando com inteligência, afinal, é a política.

A distrital Julia Lucy, que foi eleita em 2018 com pouco mais de 7 mil votos, observou o cenário e oficializou seu casamento com o Partido União Brasil, o mesmo que acolheu Reguffe, que mesmo afirmando ter liberdade dentro da legenda, está em cima do muro em relação ao cargo que irá disputar.

A saída da deputada do Novo veio carregada de argumentos de que ao não respeitar as normas partidárias não se enquadrava mais nos padrões da sigla. Pesa sobre ela acusações de falta de transparência das emendas orçamentárias, contratação de assessores acima do limite interno e falta de transparência no mandato. Aborrecida, e obviamente negando tudo, Julia acusou simpatizantes do então presidente nacional do Novo, João Amoedo, de perseguição.

Julia ingressa no partido de Reguffe com o discurso de mudanças. Segundo ela afirmou a um site de notícias, “a escolha do União permitirá um projeto de construção de uma identidade ideológica partidária diferenciada. Entro no União aliada ao senador Reguffe. Vamos caminhar juntos em prol de Brasília”, disse. A dúvida agora, em final de mandato e sem chances na Câmara Legislativa, é saber se a sua postura será de oposição ao governador Ibaneis Rocha.

No entanto, a distrital não pode esquecer que a memória do povo evoluiu muito desde as últimas eleições. Seu discurso de campanha em 2018 trazia como bandeira o setor produtivo, porém, o que se viu foi um mandato conflitante com os interesses do executivo e da própria sociedade, como ter sido contra o isolamento social, o uso obrigatório de máscaras e ter defendido a abertura das escolas num momento pandêmico de muita instabilidade.

Sucesso a deputada…

**Por Poliglota, jornalista editor do Portal Opinião Brasília e presidente do Conselho de Ética da Associação Brasileira de Portais de Notícias (ABBP)

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