Como se não bastasse as gafes e a exposição clara de que a CPI da Pandemia foi criada exclusivamente para ferrar o Presidente da República, Jair Bolsonaro, hoje mais um bate-boca traduziu essa farsa que montaram única e exclusivamente para desestabilizar o país
O Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, chamou a senadora Simone Tebet (MDB) de “descontrolada”. Os senadores, a maioria todos contra o governo Jair Bolsonaro, então agrediram o ministro chamando-os de “moleque” e “machista” por vários colegas de Tebet.
Tudo porque o Ministro Rosário teria pedido que a senadora relesse o contrato de compra da vacina contra a covid-19 Covaxin, já que, segundo ele, ela teria dito diversas inverdades durante sua oitiva. Afinal, ninguém tem sangue de barata ao ver um grupo de senadores que não têm tanta idoneidade assim interpelar quem nunca deveu à justiça.
Tebet usou seu instrumento atual de senadora para questionar e tentar repreender o ministro: “Eu sou senadora da República, mas vossa excelência não pode dizer que eu devo ler de novo esse processo da Covaxin. Ele está se comportando como menino mimado”, respondeu Simone.
Arbitrariamente e nos moldes revanchistas que tantos brasileiros conhecem, o todo poderoso presidente da mesa, Omar Aziz (PSD) e o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB), converteu a condição de Rosário de testemunha para investigado.
Áudio vazado
O que a autoridade suprema da moralização do Brasil não sabia, o senador Omar Aziz, era de que um áudio captado pela imprensa o mostrava chamando o Ministro Rosário “petulante”. O ministro teria respondido uma pergunta em tom considerado petulante para a CPI da Vergonha e Aziz foi alertado por Renan, o Relator, com a seguinte exclamação: “Muito petulante, senhor presidente”, disse Calheiros. Aziz respondeu fora do microfone, mas o áudio foi registrado pela transmissão. “Petulante pra caralho”, respondeu ele.
Tasso Tasso Jereissati (PSDB), que no momento estava presidindo a sessão, também se incomodou com a postura de Rosário e o mandou “abaixar a bola”. “O senhor respeite essa Casa, baixe a bola”, disse.
Será que as autoridades tinham mesmo autoridade para se dirigirem assim a um Ministro de Estado de um governo constituído legalmente pelo voto popular?
Aguardemos os próximos capítulos, de uma novela que sabemos que não tem final nenhum.
Da redação…