Ontem (22), o deputado distrital Roosevelt Vilela (PSB) anunciou em redes sociais e no seu site a sua filiação ao Partido Liberal (PL) de Flávia Arruda e Jair Bolsonaro. Com isso livra sua imagem definitivamente de Rodrigo Rollemberg (PSB), seu mentor político o qual foi deputado durante o mandato do ex-governador. Nada mal para um segmento como a segurança pública que desde a saída do ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) não tem nenhum representante na Câmara Federal.
O deputado não abre o jogo quando o assunto é a eleição e reeleição. Roosevelt já estava de saída do Partido Socialista Brasileiro desde que o partido abriu um processo de expulsão do deputado por, segundo uma alta fonte da agremiação, não se enquadrar mais nas ideologias partidárias, agindo como a senadora Leila do Volei que foi para o Cidadania. “Roosevelt está fazendo o mesmo papel que a senadora Leila do Vôlei fez, hoje filiada ao Cidadania. Assim como Leila, Roosevelt Vilela segue a mesma linha de traição, esquecendo-se de seu mentor político, o ex-governador Rodrigo Rollemberg”, como afirmou a fonte.
Ao Portal Opinião Brasília (Veja Aqui), através de nota, o distrital afirmou: “Realmente tenho tido problemas de ordem ideológica com o PSB. Quando entrei no partido eu já era militar e já tinha postura ideológica idêntica à de hoje, e na ocasião não foi impedimento.
Com a eleição do presidente Bolsonaro as divergências aumentaram. Cheguei a posição de presidente do PSB e fui retirado por conta da minha postura em defesa do presidente Bolsonaro, o que culminou em processo judicial de minha autoria que tramita na justiça eleitoral.
O partido ciente das divergências emitiu carta de anuência para minha saída amistosa, não senti Segurança jurídica para sair.
O partido agora iniciou processo de expulsão com o escopo de divergência partidária, por eu apoiar o Presidente Bolsonaro, irei apresentar defesa nos próximos dias e não poderei negar minha afinidade político-ideológica com o Presidente Jair messias Bolsonaro!
Porém no início de março abre-se a janela para mudanças partidárias e com certeza irei sair do PSB, em que pese não ser verdade que se eu ficasse no PSB não seria me concedido legenda. Por ter sido eleito pelo PSB tenho direito a vaga para concorrer à reeleição.
Com relação a qual partido irei tenho vários convites e como estou em tratativas no momento oportuno será divulgado! ”
Repercussão negativa entre pré-candidatos militares
Nas redes sociais a troca de partido não foi vista com bons olhos pelos pré-candidatos militares ao pleito de outubro. Nas mensagens postadas nos grupos de policiais e bombeiros as críticas foram direcionadas à precipitação do distrital em se filiar, o que, na verdade, é vedado por Lei, já que as janelas para trocas partidárias só poderão ocorrer entre os dias 3 de março e 1º de abril, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao oportunismo do deputado.
Para eles tudo não passa de um teatro do distrital, único que votou contra um projeto do executivo semana passada e que beneficiava os policiais civis. De acordo com a Lei, fora do período da janela partidária, existem algumas situações consideradas como justas causas para a mudança de partido. São elas: criação de uma sigla; fim ou fusão do partido; desvio do programa partidário; ou grave discriminação pessoal. Trocas de legenda que não se enquadrem nesses motivos podem levar à perda do mandato.
Segundo as redes sociais, os pré-candidatos da PM não perdoam o fato de Roosevelt Vilela ter sido um grande aliado de Rodrigo Rollemberg, quando governador, sendo chamado até de “Pitbull de Rollemberg” e não ter feito nada em benefício da categoria de policiais militares pelo período que assumiu o mandato. Um recado duro foi dado ao parlamentar numa dessas mensagens: “Roosevelt sempre foi um aproveitador, mas o que ele fez até hoje pela PMDF? Policial Militar vota em PM. Tire o cavalinho da chuva seu oportunista”.
Veja mensagem postada nos grupos:
Da redação…
