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Denúncia: Sargento feminina da PMDF denuncia possível negligência médica no atendimento do Hospital Santa Lúcia Gama (Maria Auxiliadora)

Uma sargento da Polícia Militar do DF (que manteremos em sigilo seu nome) fez uma denúncia, em áudio distribuído nas redes sociais, sobre o atendimento no Hospital Maria Auxiliadora do Gama (Santa Lúcia Gama) com uma narrativa gravíssima

Segundo a sargento (paciente), por estar sentindo os sintomas da COVID e já ter em mãos o resultado “positivo” da enfermidade, se deslocou ao Hospital Santa Lúcia Gama (Maria Auxiliadora) em busca de atendimento. Ao chegar, foi atendida pelo médico L.A.V (vamos abreviar o nome até a apuração dos fatos) que pelo áudio compartilhado em redes sociais ela diz ser o mesmo Chefe da área de pacientes com COVID.

Após os relatos da paciente e o exame efetuado pelo médico, ainda segundo a mesma o referido médico receitou Natrocino, um anti-alérgico e um xarope. Inconformada e esperançosa de alguns exames mais detalhados como uma tomografia e exames sanguíneos, os quais cobrou do médico, a paciente retrucou, no que passou a ser tratada com arrogância e desdém.

Inconformada, mas sem nada poder fazer, seguiu a orientação médica e foi para casa. Nesse interim foi atendida por um outro médico que, diante dos relatos, pediu exames específicos e recomendou uma tomografia. Passados dois dias os sintomas se agravaram e então a paciente retornou ao Hospital Maria Auxiliadora onde foi, novamente, atendida pelo mesmo médico. Relatou os fatos e pediu que o mesmo fizesse os pedidos dos exames solicitados pelo outro médico e uma tomografia.

Ainda de acordo com os relatos da paciente militar, o médico disse que “não iria fazer pedido nenhum e que o médico ali era ele e que não via necessidade para isso”. Ela retrucou e disse-lhe que era uma obrigação dele como médico zelar pela saúde de seus pacientes, principalmente diante de uma doença tão desconhecida e agressiva, e que os exames em nada onerariam seu bolso.

Mesmo assim, o médico se negou a adotar os procedimentos solicitados pela paciente. Ao sair do consultório com mais uma receita para dores e chorando bastante, a paciente se deparou com uma enfermeira e narrou o caso. Ato contínuo a mesma chamou um dos supostos diretores do hospital que estava próximo, narrou novamente os fatos e esse diretor determinou a outro médico que atendesse a paciente.

Esse segundo médico solicitou, então, todos os exames e o resultado não poderia ser diferente, já que o diagnóstico apresentou um comprometimento de 25% dos pulmões e um nível de infecção alto. Passou a medicação adequada (provavelmente o protocolo do Ministério da Saúde) e a paciente já se encontra em plena recuperação.

A pergunta que fica é: Diante de tantas mortes de policiais ocorridas nesse hospital, porquê ainda não foram adotadas medidas mais enérgicas para apuração das causas? Pelas estatísticas apresentadas até agora, mais de 80 policiais da ativa e da reserva já perderam a batalha para o COVID internados no Santa Lúcia Gama (Maria Auxiliadora).

Nas redes sociais os policiais cobram do novo comandante da corporação, Coronel Vasconcelos, uma medida drástica para que os problemas da saúde na PMDF sejam resolvidos imediatamente.

Reação imediata

A divulgação do áudio teve uma reação imediata do Secretário Nacional de Direitos Humanos do PROS, Charles Magalhães, que também é policial da reserva da PMDF, que através de um vídeo informou que a denúncia já foi encaminhada ao comando geral da PM e à direção do hospital e que também será remetida ao Ministério Público do DF para as devidas apurações e responsabilização. Assista abaixo:

No último dia 08/4, uma comissão liderada pelo secretário estive numa reunião de mais de duas horas com o diretor do hospital e mais dois especialistas do corpo médico, a fim de verificar denúncias que já estavam acontecendo.

Charles ao centro

Além de escutar as explicações, a comissão percorreu as diversas instalações do hospital, visitando alguns policiais e, ao final, fizeram um vídeo à frente do prédio, reforçando as solicitações ao Comandante Geral em relação ao plantão médico da PM 24 horas para que apoie os policiais e familiares, bem como ampliar a rede de atendimento em outros hospitais.

**Tentamos contato com o hospital Santa Lúcia Gama, mas até o fechamento dessa matéria não obtivemos a resposta. Estamos abertos para os devidos esclarecimentos.

Da redação

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