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Corpo de Bombeiros investiga homofobia em mensagens de militares de Luziânia

Conversa ocorreu no último domingo (17/10), em grupo extraoficial composto apenas por bombeiros. Corporação diz que “não coaduna com qualquer tipo de comportamento discriminatório”

O Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (CBMGO) investiga homofobia em troca de mensagens entre militares de Luziânia, município do Entorno do Distrito Federal. O caso ocorreu no domingo (17/10), em um grupo de WhatsApp extraoficial composto apenas por militares da corporação.

No aplicativo, um bombeiro do 5º Batalhão Bombeiro Militar mandou foto de duas camas juntas do alojamento do quartel, dando ideia de que duas pessoas haviam dormido juntas no local. Em seguida, as ofensas começaram.

“O pessoal que saiu de serviço deixou umas roupas de cama”, disse o militar que mandou a imagem. Ele complementa: “Se não aparecer o dono, vamos ter que desfazer a cama”.

Outro militar se queixa: “na época que eu trabalhava aí, não tinha disso”. Logo após, outros bombeiros mandam figurinhas em tom preconceituoso ou de chacota, e falam sobre “masculinidade” (veja imagens abaixo).

O Correio apurou que militares de diversas patentes participaram da conversa, como cabo, soldado, sargento e até um subtenente. Em nota, a corporação disse que “não coaduna com qualquer tipo de comportamento discriminatório”.

“O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) informa que a corporação irá abrir procedimento para investigar a denúncia”, informaram os militares.

Corpo de Bombeiros investiga homofobia em mensagens de militares de Luziânia(foto: Reprodução/WhatsApp)

Criminalização da homofobia

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) votou, por maioria, pela criminalização da homofobia. A norma foi inclusa na Lei do Racismo.

Desde então, “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” em razão da orientação sexual da pessoa pode ser considerado crime. A pena varia de um a três anos de prisão, além de multa.

Caso ocorra ampla divulgação do ato homofóbico, como em uma rede social, a pena poderá ser de dois a cinco anos, além de multa.

Fonte: CB

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