A atriz Claudia Raia, que interpreta a pintora Tarsila do Amaral no musical “Tarsila, a Brasileira”, defendeu a Lei Rouanet em entrevista à Folha de São Paulo. A lei permite que pessoas físicas ou empresas financiem projetos culturais em troca de isenção fiscal.
Raia disse que a Lei Rouanet é essencial para o teatro brasileiro e que as críticas a ela são “analfabetismo”. Ela afirmou que as obras culturais demandam altos gastos e que a lei ajuda a bancar esses custos.
Em 2023, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou um valor recorde de R$ 16,5 bilhões para a Lei Rouanet. O valor autorizado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 foi de R$ 3,6 bilhões.
Raia disse que o valor máximo de R$ 7 milhões autorizado para seu musical é necessário para a produção. Ela afirmou que o espetáculo tem capacidade para 1.100 pessoas e que pretende levar a história de Tarsila do Amaral para o maior número possível de pessoas.
No entanto, a crítica à Lei Rouanet se concentra no fato de que ela concentra recursos nas mãos de poucos artistas, incluindo Claudia Raia. Em 2023, além da atriz, dois espetáculos da Disney captaram R$ 8,6 milhões; um sobre Charles Chaplin obteve autorização para R$ 3,3 milhões. Um musical sobre Alceu Valença conseguiu R$ 3 milhões com a Lei Rouanet.
Além disso, a Lei Rouanet é alvo de críticas por permitir que o governo controle o que é financiado. Os projetos precisam ser aprovados pela Secretaria Especial da Cultura, o que gera preocupações sobre a possibilidade de que o veredicto seja influenciado por critérios ideológicos.
Conclusão:
A defesa da Lei Rouanet por Claudia Raia é uma posição polêmica. A lei é importante para o financiamento de projetos culturais, mas também é alvo de críticas por concentrar recursos e permitir a interferência do governo.
Com informações Direita Online
