- PUBLICIDADE -

Cavalaria da Polícia Militar ajuda a reduzir criminalidade e é referência em equoterapia

RPet visitou o Regimento de Polícia Montada 9 de Julho e detalha como é o trabalho dos cavalos na segurança da população

Muitas pessoas não entendem o porquê de a Polícia Militar ainda usar cavalos para patrulhar em alguns lugares da cidade, ou como e para que é feito a equoterapia em alguns casos. Por conta disso, o RPet visitou o Regimento de Polícia Montada 9 de Julho, em São Paulo e conversou com profissionais que detalham sobre a segurança da população brasileira e também sobre o processo terapêutico feito com esses animais de porte grande.

O 1° Tenente Reis, da cavalaria militar de São Paulo, explica que os cavalos ajudam a diminuir a quantidade de delitos. “Policiamento montado é uma forma eficiente e eficaz na redução criminal.”

Ele explica que um policial montado consegue visualizar melhor as situações, tanto dentro dos estabelecimentos, quanto em manifestações, por exemplo. “Diminui o índice criminal por causa da velocidade baixa e como se fosse uma plataforma em movimento.”

Além disso, o tenente comenta que os cavalos têm um “efeito agregador”. Por conta do uso do animal para o policiamento, a população se aproxima mais dos policiais. Então, além de impor respeito, o cavalo também é uma forma de tranquilizar a população, segundo o policial.

Equoterapia

Durante a visita ao Regimento de Polícia Montada 9 de Julho, o RPet pôde acompanhar algumas sessões de equoterapia, que basicamente é um método terapêutico e educacional que usa o cavalo para alguns desenvolvimentos com pessoas com necessidades especiais ou com deficiência.

O Cabo Di Raimo conta que este processo terapêutico foi descoberto no quartel de cavalaria da Itália e depois passou para os outros lugares do mundo. “Os cientistas conservaram que as pessoas desses quartéis se matavam de trabalhar, com a manutenção desses animais, mas estavam felizes e descobriram que montar cavalo libera dopamina e serotonina.”

Ele afirma que em meia hora andando a cavalo são realizados 386 mil estímulos musculares, o que pode auxiliar pessoas com deficiência e autistas.

“Por exemplo, uma pessoa que teve o derrame do lado esquerdo e parou todo esse lado dele. A gente vai fazer a curva pro lado esquerdo e a força centrífuga vai jogá-lo para esse lado e ele vai sentir isso no cavalo e vai ter que fazer força pro lado esquerdo. Então, a gente vai estimular esse lado a voltar a funcionar, junto com esses 386 mil estímulos musculares”, exemplifica.

Ele ainda diz que os pacientes que fazem equoterapia sempre vão acompanhados de um fisioterapeuta, psicopedagogo, fonoaudiólogo e alguém com treinamento para guiar o cavalo e auxiliar no processo.

O cabo detalha também que a escolha do cavalo e da cela usada equivale ao tipo de tratamento que cada paciente precisa.

Por fim, o policial afirma que os familiares não podem entrar no ambiente em que a equoterapia é feita, porque isso pode impactar negativamente o paciente no processo.

Como eles são cuidados?

O 1° Tenente Reis fala que os cavalos passam por um processo de adestramento para que eles possam fazer parte da cavalaria, assim como os policiais que desejam patrulhar montados.

Ele comenta também que o ambiente está preparado para cuidar do cavalo se for necessário. Existem seis veterinários especializados prontos para atender os animais e todos os materiais e tecnologias para fazer uma cirurgia, por exemplo.

Os cavalos vivem em estábulos de nove metros quadrados, que é o suficiente para eles conseguirem deitar confortáveis. O tenente explica que eles são separados por cores, então os brancos, chamados de tordilhos, ficam separados dos pretos, castanhos e alazões. “Pela questão da padronização nós fazemos dessa forma, então fica organizado e mostra estética.”

Por fim, ele comenta que há 15 anos os cavalos eram mistos, mas hoje o Regimento da Polícia Montada tem apenas a raça brasileiro de hipismo.

Veja as fotos:

R7.com

Sair da versão mobile