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Argentina lança nova nota de 2 mil pesos diante do aumento alarmante da inflação

Em meio a uma inflação anual de mais de 100%, a Argentina introduziu em circulação a nota de 2 mil pesos na segunda-feira, 22 de maio. Inicialmente prevista para ser lançada apenas nos últimos dias do mês, a medida foi antecipada devido à contínua desvalorização da moeda. O Banco Central da República Argentina (BCRA) autorizou a medida para lidar com a situação econômica do país.

Considerando as taxas de câmbio paralelas frequentemente utilizadas na Argentina, a nova cédula tem um valor aproximado de US$ 4 ou R$ 20. No entanto, de acordo com a taxa oficial, que é superestimada devido às restrições e controles cambiais impostos pelo governo, o valor é de cerca de US$ 8,50, de acordo com informações da Bloomberg.

Embora a nova nota represente uma melhoria em relação à cédula de 1 mil pesos, que era a de maior valor anteriormente em circulação, ela ainda não atendeu às expectativas de economistas e cidadãos que esperavam notas de até 10 mil pesos. Para pagar contas e fazer compras no mercado, as pessoas precisam lidar com grandes quantidades de dinheiro físico.

A rápida desvalorização do peso argentino tem causado transtornos logísticos para clientes, empresas e bancos. Eles precisaram providenciar cofres adicionais para acomodar um maior volume de notas destinadas aos caixas eletrônicos.

A nota de 2 mil pesos, que apresenta a imagem dos médicos Cecilia Grierson e Ramón Carrillo, pioneiros no desenvolvimento da medicina na Argentina, além do edifício do Instituto Nacional de Microbiologia Doutor Carlos Malbrán, foi anunciada em fevereiro.

Em abril, os preços ao consumidor aumentaram 109%, registrando a taxa mais alta desde 1991. Esses aumentos vertiginosos, combinados com uma seca histórica, provavelmente levarão a Argentina a uma recessão antes das eleições presidenciais deste ano. Economistas estimam que a inflação anual possa chegar a 150% nos próximos 12 meses.

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