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Anielle quebra silêncio sobre assédio de Almeida: ‘Me senti vulnerável’

A ministra afirma que as importunações começaram com ‘atitudes inconvenientes’

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, falou pela primeira vez sobre as acusações de assédio envolvendo o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, demitido do cargo no dia 6 de setembro por escândalos sexuais.

A ministra confirmou ter sido vítima e mencionou o medo dos julgamentos e afirmou que as importunações começaram com “atitudes inconvenientes” durante a transição de governo, em 2022, quando ambos ainda não tinham nenhuma relação profissional, e foram aumentando até chegar à importunação sexual.

Anielle afirma não ter denunciado antes porque ficou “paralisada” e tentou focar na missão e responsabilidade do cargo de ministra.

Ela mencionou o medo do descrédito e dos julgamentos, como se o ocorrido fosse culpa dela

“Eu só queria trabalhar, focar na missão, no propósito e em toda a responsabilidade que se tem quando se assume um cargo como o meu, mas não conseguia. Eu quis acreditar que estava enganada, que não era real, até cair a ficha sobre o que estava acontecendo”, afirmou em entrevista à Revista Veja divulgada nesta sexta-feira (4).

A ministra destacou que ninguém se sente à vontade em ficar em silêncio em uma situação assim, mas que não queria expor sua vida novamente à violência.

Anielle afirma que desejava apenas que as importunações parassem e que se sentiu ainda mais vulnerável quando as denúncias vieram à tona.

“Sei que vivemos nesse mundo de internet, em que tudo é muito rápido e todo mundo quer saber de tudo, mas nenhuma vítima, de qualquer tipo de violência que seja, tem a obrigação de se expor, falar quando as pessoas querem que ela fale”, declarou.

Com informações Diário do Poder

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