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À medida que a investigação avança, fica claro que Ibaneis foi enganado

A investigação conduzida pelo Secretário Executivo do Ministério da Justiça e Interventor Federal da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, 72 horas após o atentado terrorista contra as três principais instituições da República, Ricardo Cappelli começou a entrar na rede orquestrada para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Setenta e duas horas após explodirem os ataques terroristas contra os três Poderes da República, ocorrida no último domingo(08), as investigações comandadas pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, e interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, começam a entrar nas entranhas da rede orquestrada para derrubar o governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva(PT).

No inquérito instaurado, que apura se houve incompetência, omissão ou colaboração de autoridades, políticos e financiadores, fica cada vez mais claro que o governador Ibaneis Rocha, foi a primeira vítima de um golpe, em curso, e sem êxito, mesmo com os golpistas tendo atacados, violentamente, as sedes dos Três Poderes.

Após ouvir o áudio, enviado pelo seu então secretário de Segurança Pública, informando estar tudo tranquilo e controlado, ouça…

…em resposta, o chefe do Executivo do DF determinou que todo o efetivo das forças de segurança fosse empregado na Esplanada dos Ministérios, em proteção do patrimônio público, conforme a mensagem (cor verde) enviada ao chefe da Segurança Pública.

O alerta de preocupações do governador, mesmo diante das informações tranquilas, dadas pelos operadores de segurança, estava no fato da chegada de 40 ônibus, em Brasília e vários outros nas estradas, rumo a capital federal. Uma preocupação que também acendeu a luz de alerta do ministro Flávio Dino.

Ambos passaram a manhã de domingo se comunicando em cima das informações que lhe eram chegadas.

Ibaneis só não sabia que nada do que havia ordenado estava sendo cumprido pelos seus comandados.

Tanto o governo do DF como o governo federal, foram atingidos por um apagão dos serviços de inteligência, causas que estão sendo investigadas, para descobrir se foi por incompetência ou por conveniência.

Nunca na história da capital federal, manifestações, mesmo aquelas ocorridas durante o impeachment de Dilma, foram tão violentas como a que aconteceu no domingo passado.

A PMDF, uma das polícias mais bem equipadas do país e a mais bem treinada para conter distúrbios violentos, em manifestações na capital federal, desta vez se mostrou apática quando os símbolos da democracia brasileira mais precisou dela, obviamente cumprindo ordens superiores. Talvez por um erro tático, que jamais poderia ser cometido, em um momento de tensão que caminhava para a tragédia anunciada.

Além do apagão do Sistema de Inteligência da Secretaria de Segurança, que agrupa Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros e que faz conexão com a Abin, outra falha catalogada pelas investigações, acompanhadas pelo interventor Capelli, é sobre a “ordem de prontidão” do efetivo da corporação, onde muitos dos policiais estavam de folga, férias e dispensas médicas, reduzindo em cerca de 30% seu efetivo nos quartéis.

O tempo de resposta para reunir militares, fora da caserna, é bem maior e fez com que a tomada do controle da situação chegasse somente ao alvo após o caldo derramado.

Esse foi um dos pontos das investigações, em curso, que levaram o interventor Capelli a optar pela substituição do comandante-geral da PM, o coronel Fábio Augusto.

Entrou coronel Klepter Rosa Gonçalves, o 2º da escala, responsável, antes, pela área administrativa.

Saindo do âmbito do DF e entrando no âmbito do governo federal, cuja responsabilidade pela segurança institucional é do Ministério da Defesa e do Ministério da Justiça, o cenário de ineficiência ou de desleixo, em relação aos acontecimentos violentos, do último domingo, foi o mesmo do mesmo. Até a guarda palaciana estava desatenta.

Apesar da informação da Abin, no dia anterior, o governo federal pouco se movimentou.

O presidente Lula, em seu discurso feito durante uma reunião com governadores ocorrido ontem, disse que tudo será investigado e apurado.

Quem participou, colaborou ou financiou os atos antidemocráticos, serão rigorosamente punidos pela lei, garantiu Lula.

Com esse cenário de investigações que começam aflorar, fica cada vez mais claro que Ibaneis, apesar, não foi informado como deveria ser sobre a perigosa onda de violência que marchava rumo ao Três Poderes.

A convicção é tamanha de sua inocência, que o próprio ministro da Justiça, Flávio Dino, tem se manifestado repetidas vezes, em defesa do governador do DF, que vai continuar aguardando o desfecho das investigações em torno o dantesco e violento episódio.

No encontro de governadores, com o presidente Lula, a governadora interina do DF, Celina Leão, aproveitou o momento para defender o governador afastado.

Ela deixou claro que Ibaneis recebeu informações equivocadas sobre os atos violentos de Brasília. O MDB do DF e o setor produtivo se manifestaram veementemente em defesa do chefe do Executivo local.

A maioria dos 24 deputados distritais também se manifestou nessa direção.

Os petistas que querem o impeachment do governador, apenas tentam criar um holofote político, mesmo sabendo que o principal inimigo de Lula é outro e não Ibaneis.

Informações do Portal Rada/DF

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