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Programa Cidadania nas Escolas certifica 395 estudantes de escolas do Itapoã

Crianças de seis instituições participaram de palestras e vivências de debate e conscientização de temas como bullying, violência doméstica, exploração sexual e prevenção às drogas

A manhã do último sábado (25) foi especial para 395 estudantes de seis escolas da rede pública do Itapoã. Todos esses alunos foram certificados pela participação no programa Cidadania nas Escolas, iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), que debate temas cotidianos no ambiente escolar. A cerimônia de entrega dos documentos de conclusão ocorreu na Praça dos Direitos e no CEU das Artes, com direito a teatrinho, cama elástica, algodão doce e pipoca.

A solenidade celebrou a finalização do projeto que passou pelas Escolas Classe 01, 02, 203 e 502, pelo Centro Educacional 1 e pelo Centro de Ensino Fundamental Zilda Arns. Durante alguns encontros, os alunos tiveram acesso a palestras e vivências para debater temas como violência doméstica, gravidez na adolescência, bullying, violência e exploração sexual e prevenção às drogas.

“O nosso papel com o Cidadania nas Escolas é trazer suporte para os pais na educação dos filhos. São vários assuntos que levamos para o ambiente escolar para que a criança consiga levar até os pais. O GDF mostra que está junto com os pais na tarefa de educar os filhos e deixá-los seguros”, explicou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

A cada conclusão de ciclo é feita uma solenidade nos equipamentos públicos da Sejus, o que reforça o papel dos espaços e estimula a população a utilizar os serviços. “As palestras ocorrem no dia a dia das escolas, dentro do ambiente escolar, conversando com os professores e os diretores e trazemos a finalização para a Praça dos Direitos e o CEU das Artes porque temos mil vagas em esportes, teatro e acompanhamento nutricional e pedagógico. Queremos mostrar essa culminância”, completou a titular da pasta.

O pedagogo e especialista em assistência social da Sejus, Bruno Abreu, é um dos servidores que atuam no programa. Ele contou que as palestras costumam apresentar o material e as propostas de abordagem do tema para os professores e a direção da escola para que o trabalho possa ser mais assertivo em cada unidade.

“Com cada público temos uma abordagem diferente. Para crianças menores, usamos a contação de histórias, que eles entendem bem. Para crianças mais velhas, fazemos por meio de reflexões após a exibição do cine debate”, revelou.

Joelio da Silva de Araújo se sente “resguardado” porque a filha, Maria Luiza, aprende a identificar casos de violência e abuso

A jovem Maria Luiza dos Santos de Araújo, 9 anos, foi uma das concluintes do programa Cidadania nas Escolas. Ela disse que aprendeu sobre temas como bullying e violência física e sexual. “A violência traz muito encolhimento para a pessoa. Ela fica triste e sozinha, sem ninguém para conversar. Quando encontrar um caso assim vou saber identificar e falar que a pessoa está sofrendo violência e que isso não é certo”, defendeu.

Para o pai da menina, o eletricista Joelio da Silva de Araújo, 40 anos, o projeto é de suma importância. “É uma coisa que vem acontecendo muito com as crianças e ela já aprendendo, já sabe identificar o que é certo e o que é errado para poder passar para algum adulto a respeito dessa situação. A gente já fica mais resguardado”, avaliou.

Recanto das Emas

Também neste sábado houve a entrega de certificados para os alunos que participaram do programa no Recanto das Emas. Foram 466 estudantes atendidos nas escolas CEF 115, CED 118, CEM 111, EC 511, CEF 301 e CEF 106. A solenidade de entrega ocorreu no CEU das Artes da cidade com a participação da secretária Marcela Passamani.

Desde a criação do projeto em 2023, o Cidadania nas Escolas já passou por cinco regiões: Samambaia, Santa Maria, Itapoã, Recanto das Emas e Ceilândia.

Agência Brasília

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