Em poucos meses, o novo coronavírus tomou conta do planeta, infectou mais de 75 milhões e causou impactos em todos os setores; relembre
Dezembro de 2019
Em 31 de dezembro de 2019, autoridades chinesas enviaram um alerta à Organização Mundial da Saúde (OMS): casos de pneumonia detectados na cidade de Wuhan, cuja causa se desconhecia, precisavam de atenção, o que levou ao fechamento do Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan em 1º de janeiro de 2020.
Janeiro de 2020
Em 3 de janeiro, foram reportados 44 pacientes suspeitos de ter a doença misteriosa; no dia 7, o país asiático descobriu a identidade do micro-organismo que tomou conta das manchetes do planeta: o novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19 que parou o mundo.
Enquanto a primeira morte associada ao Sars-CoV-2 foi registrada em 9 de janeiro, cientistas se dedicavam ao sequenciamento genético da ameaça sem precedentes. As primeiras informações que auxiliaram países dos cinco continentes a testarem e rastrearem a condição foram compartilhadas em 12 de janeiro.
No dia 13, a Tailândia se deparou com o primeiro caso, e nos dias seguintes Japão (16) e Coreia do Sul (20) entraram para a lista. Em 18 e 19 de janeiro, já havia 204 contaminados e três mortos apenas na China. No dia 21, a OMS confirmou que as transmissões ocorriam entre humanos.
Em meio a um aumento significativo de confirmações, que já somavam 580 na China, com 17 mortos, em 22 de janeiro o comitê de emergência adiou a decisão de aconselhar o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a declarar o surto como emergência de saúde pública de preocupação internacional. No dia 23 , Wuhan, Ezhou, Pequim e Huanggang começaram a adotar medidas para conter as infecções. Singapura confirmou seu primeiro caso importado ainda em janeiro, assim como o Vietnã.
Em 30 de janeiro, Tedros Adhanom mudou sua postura, pois a China estava com 9.692 contaminações e 213 mortes. No dia 31, países começaram a controlar suas fronteiras e atividades internas: o novo normal, enfim, estava dando as caras.
Fevereiro 2020
Em 3 de fevereiro, a China começou a construção do hospital que levou apenas dez dias para ficar pronto, dedicado exclusivamente ao tratamento da covid-19. Globalmente, já havia 20.625 casos registrados e 426 mortes, e o Banco Mundial deu início à análise de suporte técnico e financeiro às nações afetadas. A OMS lançou um painel de acompanhamento da evolução das contaminações; dois dias depois, a Fundação Bill & Melinda Gates anunciou a destinação de US$ 100 milhões aos esforços de contenção.
No dia 6, o Japão declarou que dedicaria US$ 10 milhões para a OMS, pois os casos já passavam de 30 mil, com mais de 900 mortes. Em 7 de fevereiro, US$ 2 trilhões foram anunciados pelo Banco Asiático de Desenvolvimento, mesmo dia em que Li Wenliang, médico que tentou alertar o governo chinês sobre uma doença desconhecida em dezembro de 2019, foi encontrado morto.
Os Estados Unidos prometeram US$ 100 milhões para o combate à pandemia que foi oficialmente declarada em 11 de março, com mais de 100 países reportando contaminações. No dia 13, a Europa se tornou o epicentro da doença.
Somas destinadas ao combate continuaram aumentando, assim como as medidas de restrição ao redor do mundo e a corrida pelo desenvolvimento de testes, tratamentos, vacinas e métodos de controle e rastreamento. A máscara e o distanciamento físico se tornaram imprescindíveis, únicas maneiras conhecidas de reduzir as chances de novas contaminações.
Março 2020
Em 19 de março, o número de infecções chegou a 100 mil e levou apenas 12 dias para chegar a 200 mil. Hoje, são mais de 75,4 milhões de casos com ao menos 1,6 milhão de mortes associadas à covid-19.
Covid-19, uma ameaça global. (Fonte: Shutterstock)
O novo normal
Expectativas mundiais giram em torno da distribuição de vacinas desenvolvidas em tempo recorde e do surgimento de novas opções. Obstáculos logísticos tornam o cenário desafiador, assim como a aquisição desigual de imunizadores entre países considerados ricos e pobres.
Todos os setores da sociedade sofreram impactos brutais gerados pela pandemia. Passados esses meses, ainda é necessário enfrentar restrições de circulação e de atividades, evitar aglomerações, usar máscara, higienizar as mãos constantemente com álcool em gel e ficar de olho em possíveis sintomas, já que instituições de saúde sobrecarregadas fazem parte do dia a dia de grande parte do planeta.
Se 2020 foi o ano em que a pandemia da covid-19 parou o mundo, resta esperar que 2021 seja o momento de reagir. Com os devidos cuidados, é possível que as coisas, aos poucos, voltem ao normal — ou ao tão normal quanto poderão chegar.
Fonte: Devex, Sanar.