Por Ricardo Callado
A atual conjuntura e impactos causados pela crise do novo coronavírus fizeram os governantes se reinventarem. Alguns tiveram problemas. E acabaram se perdendo no meio do caminho. Outros mostraram eficiente. O reconhecimento e a confiança da população aumentaram.
É o caso do Distrito Federal, onde o governador Ibaneis Rocha foi um dos primeiros a mobilizar toda a administração pública no enfrentamento da pandemia. O Palácio Buriti, de maneira articulada em todos os setores, cuidou da saúde e do gerenciamento da crise econômica, que poderia gerar problemas tão grandes, quanto a pandemia.
A atuação do governo é fundamental na retomada econômica, e a administração pública tem o papel mais importante na superação da crise.
O estímulo governamental à geração de empregos é importante, seguindo dos investimentos governamentais em saúde.
O desafio de minimizar o índice de desemprego foi o mote para retomada da economia. Em novembro, o mercado de trabalho do Distrito Federal registrou mais 30 mil novos ocupados. Os dados são de pesquisa da Companhia de Planejamento Distrito Federal (Codeplan) divulgados na terça-feira (22), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Considerando o impacto significativo que a pandemia causou no mercado de trabalho local e nacional, a taxa de desemprego em novembro apresentou sinais de uma recuperação econômica, reflexo da reabertura de diversos setores produtivos e das contratações temporárias características do final do ano, ficando em 17,8% no Distrito Federal e em 24,3% na Periferia Metropolitana de Brasília (PMB), composta apenas pelos 12 municípios goianos. Na AMB, o índice ficou em 19,6%.
O governador Ibaneis já falou a sua equipe por várias vezes sobre estar muito consciente do desafio que existe pela frente. O momento também valida o compromisso de seguir com a gestão responsável e compatível com o desenvolvimento do DF.
Em outra frente, na quarta-feira (23), o GDF anunciou a união de forças para enfrentar a possível segunda onda da covid-19 no Distrito Federal.
Esse foi o compromisso reforçado entre a cúpula da Saúde, conduzida pelo secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, com a participação do secretário-adjunto de Assistência às Saúde, Petrus Sanchez, do presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), Paulo Ricardo Silva, e de diversos outros gestores da área.
O governador Ibaneis conta com um Plano de Mobilização de Leitos Covid-19, que está em fase de finalização. Diferentemente do primeiro, lançado no início da pandemia, ele permite a oscilação dos leitos, ampliando e reduzindo de acordo com os dados de transmissão e ocupação de leitos. É um plano flexível, que prevê vários cenários e a capacidade de resposta necessária.
Mais uma vez, o governo do DF dá uma mostra as outras unidades de como pode ser feito o combate a pandemia de forma responsável e salvando as vidas dos brasilienses. Não é pouca coisa. O DF tem números bem inferiores de mortalidade, em comparação com outros Estados.
Para completar o cenário positivo, o GDF ainda fecha 2020 com as contas no azul. A organização de uma casa e o preparo do seu alicerce para possíveis temporais são bons exemplos.
Depois de assumir uma gestão com dívidas e conseguir reverter um quadro negativo de fechamento das contas em 2019, o Governo do DF deu um drible na crise e se prepara para encerrar o ano com um superávit de R$ 217,5 milhões.
Melhor ainda: com o sucesso do leilão da venda da CEB Distribuição, que conseguiu um ágio de mais de 76% sobre o valor inicial, alcançando R$ 2,515 bilhões, o GDF garante um caixa bem mais robusto para investimentos.
Outro grande sucesso foi o Refis que, ao renegociar a dívida de 34.490 brasilienses e de 8.681 empresas, recupera R$ 2,081 bilhões para os cofres públicos.
O orçamento previsto para investimentos em infraestrutura teve que ser realocado para a saúde – seja na ampliação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19, testes de infecção, construção de hospitais de campanha e todos os investimentos que se fizeram necessários para conter a proliferação do novo coronavírus no DF.
Os números positivos surpreendem em um ano que, não só o Distrito Federal, mas todos os entes federativos promoveram mudanças emergenciais nas suas previsões orçamentárias com o decreto da pandemia.
O desafio continua em 2021. A pandemia deve se arrastar mais alguns meses. Com a aprovação de vacinas, a tendência que a situação se normalize na área de saúde, e o DF apresente um boom no crescimento econômico. Voltaremos ao normal, porque esse tal de novo normal ninguém aprovou e parece mais uma arapuca de projetos de poder e autoritarismo de alguns.
Ibaneis mostra que o normal mesmo é a seriedade e o enfrentamento de forma honesta e correta dos problemas. E rezemos, porque dias melhores estão por vir. Vamos confiar, o Distrito Federal está no caminho certo e o brasiliense vai sair mais forte dessa crise.