- PUBLICIDADE -

Carta na Manga? Direita já começa a se preocupar com eleições de 2026

Existe uma máxima de que “política é como uma nuvem, uma hora está num lugar e daqui a minutos em outro”

E é exatamente com essa movimentação das “nuvens políticas” que a Direita brasileira começa a se preocupar em relação à sucessão ou possível reeleição de Lula em 2026.

Sim, isso porque o ex-presidente Jair Bolsonaro está inelegível, com poucas possibilidades de reverter seu processo, que muitos julgam tratar-se de pura perseguição política, e o julgamento pela 1ª turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Carmen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino será implacável, na opinião de aliados. Uma possível condenação não está descartada sob o ponto de vista ótico.

Por outro lado, a defesa do ex-presidente carrega o otimismo de que tudo será revertido, principalmente após as duras críticas de juristas renomados acerca da fraca denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República, repleta de contradições em relação ao relatório da Polícia Federal.

Essa tese fortaleceu Jair Bolsonaro que já bateu pé de que ele será o candidato da oposição em 2026.

De fato, segundo o ex-ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, pode apresentar o seu nome em 2026, no entanto, somente o colegiado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem poderes para derrubar sua candidatura, que será explorada pela esquerda, sem sombra de dúvidas, junto ao Ministério Público Eleitoral.

A se calcular o tempo entre a apresentação do nome até o início das campanhas eleitorais, Bolsonaro pode ser candidato por até três semanas, exercendo todos os direitos de um candidato sem nenhuma condenação, mesmo estando inelegível. O TSE não pode julgar sumariamente uma questão como essa em um voto monocrático, já que partidos de sustentação do atual governo certamente entrarão com ações no Ministério Público Eleitoral (MPE) pedindo a impugnação da candidatura, Porém, e até que esse pedido seja transitado em julgado pelo TSE, Bolsonaro poderá ganhar tempo, fazer campanha, usar recursos do Fundo Partidário e aparecer na TV como candidato.

Para quem não se recorda, fato semelhante aconteceu com Luiz Inácio Lula da Silva em 2018, que mesmo preso se manteve candidato até o último instante sendo substituído por Fernando Haddad.

A “carta na manga” da Direita, segundo algumas alas dentro do Partido Liberal, pode ser exatamente essas três semanas de aparição em campanha de Bolsonaro. Se o TSE barrar a candidatura, o partido apresentará outro nome que já estará sendo trabalhado junto à coligação. Nomes não faltarão, tais como o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, o de Santa Catarina, Jorginho Mello, Romeu Zema em Minas Gerais, o senador Rogério Marinho e quiçá membros do clã Bolsonaro, como Michelle, Flávio e Eduardo.

O jogo, ao que parece, está começando a ficar bom, apesar de preocupante. O PT caminha para provar de seu próprio remédio, apesar do efeito Haddad em 2018 não ter apresentado nenhuma melhora, mas sim efeitos colaterais.

Depois voltaremos ao assunto…

**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília

- PUBLICIDADE -
- PUBLICIDADE -

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- PUBLICIDADE -