Antes de desembocar no Lago Paranoá, o volume pluvial passará por bacia de retenção; reservatório fará parte de um parque urbano
Você sabe para onde irá a chuva captada pelo Drenar DF no início da Asa Norte? O ambicioso projeto de escoamento pluvial vai devolver toda a água para a natureza. O sistema de drenagem desembocará no Lago Paranoá, não sem antes passar por uma bacia de retenção. O mecanismo é essencial para evitar impactos ambientais. A lagoa será construída no Setor de Embaixadas Norte e fará parte do Parque Internacional da Paz.
Com 37 mil m², o reservatório do Drenar DF terá dupla função, como explica o presidente da Terracap, Izidio Santos. “A bacia de retenção, munida de dissipadores na sua entrada e vertedores na saída, vai reduzir a pressão da água que chega ao Paranoá”, conta. “Além disso, toda a sujeira trazida pela chuva vai decantar no fundo desse ‘piscinão’, permitindo que um material mais limpo desague no lago”.
A lagoa de retenção vai comportar até 96 mil m³ de água, com um volume útil de 70 mil m³. Por estar dentro de um parque urbano, o acesso à bacia ficará protegido. “O reservatório será totalmente cercado por alambrados de aço galvanizado com 1.010 m de altura”, informa o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho. “Também teremos placas informativas advertindo sobre o perigo de ultrapassar a barreira”.
O Parque Internacional da Paz não abrigará apenas a bacia de retenção do Drenar DF. O espaço contará, ainda, com 1.100 m de ciclovia e diversificado projeto paisagístico. Ao todo, serão 249 árvores e arbustos plantados em uma área livre de 5 mil m².
Bougainvilles, ipês-brancos, amarelos e roxos, carnaúba e copaíba são algumas espécies que poderão ser vistas no local. Os visitantes também encontrarão jabuticabeiras, pitangueiras e goiabeiras. Para finalizar o complexo de lazer, a Praça Internacional da Paz será construída ao lado do parque, com 8 mil m².
O Drenar DF é o projeto criado para resolver, de forma definitiva, antigos problemas de alagamento em áreas críticas do Plano Piloto e Taguatinga. Depois de uma espera de 20 anos, a assinatura de cinco contratos de serviço deu o pontapé inicial às obras de drenagem. A construção já começou a ser executada nas quadras 401/402 e 201/202, com investimentos de R$ 174 milhões.
Agência Brasília