A Justiça Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) retirou do páreo mais um possível candidato às eleições presidenciais de 2026
O Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE-SP) declarou hoje a inelegibilidade do ex-candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições do ano passado Pablo Marçal.
De acordo com a sentença do Juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz a condenação de Marçal (PRTB-SP) se deu por abuso de poder político e econômico, onde o ex-candidato buscou “garantir origem lícita e permitida” por meio de “venda de apoio político com simulação de doação eleitoral“. A condenação lhe custou uma inelegibilidade por oito anos, até 2032.
Na sentença, cita um trecho o juiz: “Em relação a responsabilidade pessoal do réu, Pablo Henrique Costa Marçal, não há dúvidas de sua decisiva atuação em razão do engajamento direto e pessoal por condutas ilícitas praticadas em benefício de sua candidatura, pois gravou a proposta de venda de apoio político reproduzida na íntegra na petição inicial, indicando o preenchimento de formulário e pela necessidade de contato prévio com sua equipe para acertar o ‘negócio’, atestando que o doador é uma pessoa de bem e não pertence a partido político de esquerda, e com promessa de posterior envio de vídeo do próprio Pablo Marçal com apoio político ao candidato que efetuasse o ‘PIX’ na conta de sua campanha eleitoral”.
A decisão ainda cabe recurso e é isso que fará a equipe jurídica de Marçal, segundo Paulo Hamilton Siqueira Jr, coordenador jurídico da campanha do ex-candidato.
“O conteúdo probatório produzido nas ações não são suficientes para a procedência da AIJE. Não há nenhuma doação ilicíta. Em breve será apresentado recurso ao TRE-SP com os argumentos necessários para a reforma da decisão“, afirmou Paulo Hamilton.
A ação foi movida pelos deputados federais Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL), que foram candidatos à Prefeitura de São Paulo.
Ao que parece, todos que forem ameaça ao atual governo correrão riscos até as eleições de 2026, já que vírgulas estão sendo analisadas minuciosamente pela justiça. O que não se analisa à lupa são as delações de réus confessos que estão sendo absolvidos por prática de corrupção e roubo aos cofres públicos.
**Poliglota é jornalista, oficial da reserva da Polícia Militar do DF e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília