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“Caráter pandêmico” da Covid-19 pode estar próximo do fim

Em 1ª aplicação de vacina 100% nacional, Queiroga fala em fim de ‘caráter pandêmico’ da Covid-19. Ministro também afirmou que, até o final de 2022, já estão assegurados 500 milhões de doses de imunizantes para os brasileiros

Na última terça-feira, 22, em um ato simbólico, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, aplicou as primeiras doses da vacina 100% nacional contra a Covid-19, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), principal insumo do imunizante, feito no Brasil. O produto é resultado de contrato de transferência tecnológica entre a Fiocruz e o consórcio formado pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Em discurso, Queiroga falou em contenção do “caráter pandêmico da Covid-19“.

O ministro da Saúde classificou a produção de vacinas com IFA 100% nacional como um ato de liberdade. Ele destacou a autonomia e a autossuficiência com a produção da vacina e reforçou que acredita que, com a potente campanha de vacinação realizada no Brasil, será possível superar o caráter pandêmico da Covid-19 em breve. “Representa a nossa liberdade em relação à produção de vacina com IFA nacional. Essa foi a principal aposta do governo federal. Naturalmente, que nós já distribuímos mais de 430 milhões de doses de vacina com a população brasileira. Nós temos assegurado, até o final do ano, mais de 500 milhões de doses de vacina e, com isso, nós temos a certeza de conter o caráter pandêmico da Covid-19”, disse. Já estão disponíveis cerca de 550 mil doses da vacina 100% nacional. Ao todo, devem ser adquiridos 45 milhões de doses da vacina brasileira da Fiocruz em 2022.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, destacou a importância da tecnologia e disse que a vacina nacional é uma resposta que vem da ciência e que tem a sua base no Brasil e no Sistema Único de Saúde (SUS). “Quero destacar aqui a importância da Fiocruz nesse momento estar iniciando o processo de constituição do complexo de biotecnologia em saúde em Santa Cruz, no município do Rio de Janeiro. Que permitirá, a partir de 2024, um aumento de cerca de 5% a 6% da atual capacidade de produção de Bio-Manguinhos-Fiocruz”, disse.

O discurso do ministro da Cidadania, João Roma, tinha um alvo. O escolhido foi governador da Bahia, Rui Costa (PT), que insistiu no uso da vacina russa Sputnik V, que não teve liberação da Anvisa. “Diferente de outros que alardearam informações muitas vezes inverídicas, como o governador lá da Bahia, que falou da Sputnik, que nem registro na Anvisa tinha. A vacina que chegou para os brasileiros foi a vacina disponibilizada pelo governo federal através desse ministro da Saúde que está aqui conosco e do somatório de todos nós, de todos os ministros”, disse. Durante o evento, Roma também destacou as ações realizadas pelo governo federal ao longo da pandemia, como o auxílio emergencial.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor-Jovem Pna

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