A disputa eleitoral nos municípios do Entorno de Brasília, em especial de Valparaíso de Goiás, chama a atenção pela disputa acirrada e faz com que todo o DF acompanhe o pleito eleitoral de perto
De um lado, temos o atual prefeito, Pábio Mossoró (MDB), que conta com o apoio do governador do DF, Ibaneis Rocha, que é do mesmo partido, e do outro a candidata tucana Lêda Borges (PSDB), que até o momento não teve declarado nenhum apoio de parlamentares da área federal e distrital da capital da República.
Enquanto Pábio tenta algo inédito na cidade, que é a reeleição de um prefeito, e vem mostrando proatividade na divulgação de seu trabalho ao longo de sua gestão, a concorrente tem utilizado de pesquisa, no mínimo, suspeita para tentar alavancar sua candidatura. O levantamento divulgado por Lêda Borges se tornou objeto de investigação pela Justiça Eleitoral do município. A atuação do instituto está sendo questionada por não respeitar as regras eleitorais, bem como a ligação de uma das sócias com políticos do Republicanos, partido da candidata a vice-prefeita na coligação da tucana.
Nos últimos dias, a coligação de Pábio Mossoró, “Pra Frente Valparaíso”, está ganhando a adesão e o apoio de candidatos que abandonaram a candidata tucana e também daqueles que tiveram seus registros indeferidos pela Justiça por fraude eleitoral.
Na última sexta-feira (23), 18 candidatos a vereador do Partido Verde (PV), da coligação “Juntos por Valparaíso” ficaram pelo caminho e tiveram suas candidaturas indeferidas pela 33ª Zona Eleitoral. De acordo com os autos do processo, o pastor Sebastião, filiado ao Podemos de São Paulo e aliado da candidata Lêda Borges, ou seja, sem título e direito a voto no município, tentou fraudar as informações encaminhadas para a Justiça Eleitoral, o que ocasionou o indeferimento dos 18 postulantes a vereador pelo PV.
Os candidatos impugnados foram: Adalmir Castro; Apóstola Odinéa; Aurora da Saúde; Bunga; Irapua Maia; Ivando Chega Mais; Jessica Chanox; Joana Caminhoneira; Juvenal Eletrônica; Lanne Carneiro; Marcos Silva MS; Miguel Moura; Osmir Venâncio; Pastor Jamerson; Pastor Vieira; Professora Lidiany; Professor Paulo Ferraz; e Veim.
Resta saber, se diante de tantas inconsistências, perdas e desgastes, a candidata tucana terá fôlego para seguir em frente com a sua tentativa de retornar ao cenário político de Valparaíso, além, claro, de ter que explicar para os eleitores as inúmeras denúncias que pesam sobre sua pessoa que estão sob investigação referentes a práticas ilegais como abuso de poder econômico e religioso, pagamento ilegal de uma rede clandestina de perfis falsos no Facebook (objeto, inclusive, da prisão de um suspeito de receber 20 mil reais mensais na gestão da ex-prefeita durante a Operação Firewall).
Tem também a pesquisa suspeita divulgada pelo Instituto Podium, em que mostra a candidata Lêda Borges 13% à frente de Pábio Mossoró. De acordo com as investigações, o tal instituto só opera em período eleitoral e uma das sócias é ex-servidora da Assembleia Legislativa de Goiás, tendo trabalho no gabinete de parlamentar do partido da candidata a vice-prefeita de Lêda, Maria Yvelônia.
É, pelo visto, tempos sombrios e muitas nuvens deverão rondar os céus de Valparaíso de Goiás até 15 de novembro. Quem viver, votará!
