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Valdemar Costa Neto quebra o silêncio e depõe à PF: reviravolta na Operação Tempus Veritatis

Em uma reviravolta inesperada, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, decidiu colaborar com a Polícia Federal em seu depoimento nesta quinta-feira (22). A princípio, ele pretendia seguir o ex-presidente Bolsonaro e permanecer em silêncio, mas optou por responder às perguntas dos investigadores da Operação Tempus Veritatis.

Fontes ligadas à investigação relataram a mudança de postura de Valdemar à coluna de Bela Megale no jornal O Globo. A decisão do líder do PL causou desconfiança no clã Bolsonaro, que o acusa de costurar um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) sem o consentimento do ex-presidente.

A operação que atingiu Valdemar no início do mês investiga uma possível tentativa de golpe de Estado por parte de Bolsonaro e membros de seu governo, principalmente da ala militar. A investigação se baseia em alegações infundadas sobre a legitimidade das urnas eletrônicas.

Valdemar enfrenta outros problemas legais. Há duas semanas, ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e usurpação de bens da União. Durante a operação, a PF encontrou em sua residência documentos irregulares da arma e uma pepita de ouro proveniente de garimpo ilegal, o que resultou em sua detenção por duas noites.

Em 10 de fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória a Valdemar, com medidas cautelares que o político precisa cumprir.

Outros investigados que optaram pelo silêncio durante a oitiva da PF foram:

  • Augusto Heleno (ex-chefe do GSI)
  • Mário Fernandes (ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência)
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
  • Walter Souza Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente)
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército)
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (major do Exército)
  • Rafael Martins Oliveira (major do Exército)
  • Amauri Feres Saad (advogado, tido como “mentor intelectual” da minuta do golpe)

A decisão de Valdemar de colaborar com a PF pode ter um impacto significativo na Operação Tempus Veritatis. As informações que ele fornecer podem ajudar a esclarecer o papel de cada um dos envolvidos na trama golpista.

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