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“Tudo bandido”, afirma Mourão sobre mortos em operação no Jacarezinho

A Operação Exceptis deixou 25 mortos. Com exceção do policial André Frias, não se sabe a identidade das vítimas

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou na manhã desta sexta-feira (7/5) que os 24 moradores da comunidade do Jacarezinho mortos nessa quinta-feira (6/5), em decorrência de operação deflagrada pela Polícia Civil na região, são “todos bandidos”. Ao todo, 25 pessoas perderam a vida – entre elas, um agente da Delegacia de Combate às Drogas, André Frias.

“Tudo bandido! Entra um policial numa operação normal e leva um tiro na cabeça de cima de uma laje. Lamentavelmente, essas quadrilhas do narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sob determinadas áreas e são um problema da cidade do Rio de Janeiro”, disse o general.

Segundo Mourão, as Forças Armadas já foram chamadas diversas vezes para intervir na região. “É um problema sério da cidade do Rio de Janeiro que vamos ter de resolver um dia ou outro”, completou.

Operação Exceptis

Na quinta-feira (7/5), um intenso tiroteio na Favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, deixou pelo menos 25 mortos, entre eles um agente da Delegacia de Combate às Drogas, e dezenas de pessoas feridas. Dois policiais também foram atingidos de raspão no braço e na panturrilha – ambos apresentam quadro estável.

Ao todo, 21 traficantes foram identificados e são procurados. Segundo a Polícia Civil do estado, a Operação Exceptis resultou na morte de 24 suspeitos e do agente André Frias.

Em nota, a Polícia Civil informou que a ação, coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), é resultado de investigação contra a organização criminosa que atua na comunidade.

O grupo é investigado pelo aliciamento de crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território, explorando os menores para práticas ilícitas, como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, dentre outros crimes.

O confronto interrompeu a circulação dos transportes públicos na região, além de ter provocado o fechamento de escolas e de unidades de saúde, suspendendo, entre outros serviços, a vacinação contra a Covid-19.

Fonte: Metropoles

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