Brasília é considerada, proporcionalmente, uma das maiores metrópoles em relação à quantidade de veículos circulando em suas vias. E isso têm trazido problemas sérios à fluência do trânsito na capital
De acordo com o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), Brasília tem mais de 2 milhões de veículos em circulação atualmente. A proporção de carros por habitante no Distrito Federal é semelhante à dos estados que lideram o ranking nacional como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Mas não é de hoje que a capital federal é criticada por ser um dos piores locais para se dirigir. Motoristas mal educados, sempre atrasados, andando em alta velocidade e sob efeito de álcool, aliado a isso a péssima qualificação de profissionais dos Centros de Formação de Condutores (CFAs) que carregam vícios insanáveis e transferem isso a seus aprendizes (alunos) durante as aulas práticas. Quando as vias estão em obras, essa situação piora.
Transitar pela esquerda
Um dos grandes responsáveis pela péssima fluência do trânsito candango é a insistência dos condutores de transitarem pela faixa da esquerda, muitas vezes em velocidade inferior à estabelecida na via, e que trazem transtornos aos demais motoristas que vêm atrás e desejam ultrapassar. Isso trava o trânsito e causa engarrafamentos estratosféricos.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a faixa da esquerda é destinada a veículos mais rápidos, para ultrapassagens, e também a veículos de socorro, como ambulâncias, polícia, fiscalização e operação de trânsito. O condutor que estiver na faixa da esquerda e perceber que outro veículo quer ultrapassá-lo deve deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar.
No entanto, essa é uma prática pouco usada pelos ”tranca esquerda” brasilienses que, na maioria das vezes, não querem dar passagem ou, simplesmente, fingem não saber das regras que aprenderam durante seus cursos para aquisição de sua primeira habilitação.
Conversamos com alguns especialistas em trânsito que afirmaram que algumas práticas utilizadas por condutores são feitas e interpretadas de forma errada. Uma delas diz respeito a velocidade limite da via. “Mesmo que o condutor à frente venha na velocidade da via (limite), se outro condutor vier com velocidade superior e pedir a passagem, imediatamente e dentro dos limites de segurança, essa ultrapassagem deve ser permitida”, disse um dos especialistas.
Consequências e infrações
Para os engraçadinhos no trânsito que acham que estão burlando a legislação por não ter a presença ostensiva de uma viatura de trânsito na fiscalização, é bom que saibam que a tecnologia atual permite notificações até mesmo através de imagens de câmeras instaladas em diversos locais de Brasília, além dos radares modernos existentes.
Quando insistem em “pirraçar” o condutor que vem atrás desejando ultrapassar, acelerando mais ou diminuindo a velocidade, estão cometendo uma infração média com multa no valor de R$ 130,16.
Já se isso acontecer em relação a veículos de emergência (Polícia, Bombeiros e Ambulâncias), o ato é considerado uma infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 fora os pontos na carteira.
“Colar” na traseira do veículo à frente por parte daquele que quer ultrapassar também não é recomendado. O motorista que precisar ultrapassar deve manter distância do veículo à frente até que a oportunidade de ultrapassagem aconteça evitando riscos de acidentes.
Da redação,
Por Jorge Poliglota…
