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TRAIÇÃO e INSATISFAÇÃO: Esses são os sentimentos dos órgãos de segurança do DF em relação ao reajuste das classes policiais

O clima pesou ontem na reunião federal que definiria a concessão do reajuste de 18% aos órgãos de segurança da Capital Federal, encaminhamento do PLN referente e a consequente MP que concederia o percentual

Depois de 4 meses de negociação, pedidos de informações, tabelas e cálculos e o compromisso público do Líder do Governo, Senador Randolfe Rodrigues (AP-sem partido), de que não haveria óbice na concessão do reajuste, o caldo desandou ontem.

A reunião de parlamentares com técnicos do governo federal ontem (1º) acabou em desentendimentos e uma grande insatisfação por parte dos representantes federais, distritais e sindicalistas.

Dizendo-se traídos com a falta de palavra e compromisso do governo federal, os parlamentares rechaçaram a proposta apresentada pelos técnicos federais de um parcelamento dos 18% (que deveria ser integral) em três vezes: 9% em julho em 2023, 4,5% em janeiro de 2024 e 4,5% em janeiro de 2025.

Entenda

Desde fevereiro que essa batalha (desnecessária porque o Fundo Constitucional pertence ao DF) vem se arrastando com encaminhamentos de mensagem, reuniões, documentos, cálculos e etc. Celina Leão (uma defensora ferrenha da segurança pública do DF), então governadora em exercício, fez o papel dela encaminhando a mensagem solicitando o reajuste de 18% em uma única parcela.

O Fundo Constitucional do DF, criado em 2002 com a finalidade de “organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio” (nova redação), comportaria o reajuste sem nenhum problema. A questão está caminhando para o lado político e isso não é bom, salientou um parlamentar.

Críticas

O senador Izalci Lucas (PSDB) disse que a reunião com os representantes do governo federal e o líder da atual gestão no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), foi “péssima”, porque a expectativa dos parlamentares do DF era de envio do projeto de lei que autoriza o aumento ainda nesta quinta-feira.

“A expectativa nossa era de sair daqui com o PLN sendo já encaminhado para o Congresso, e agora estão parcelando em três vezes. Isso é inadmissível. Queremos os 18%. Se tiver de conversar outra coisa, será em outro momento”, afirmou o senador.

Já para o presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), deputado distrital Wellington Luiz (MDB), “não houve respeito a vontade do gestor do Fundo Constitucional do DF e um verdadeiro atropelo ao Pacto federativo por parte governo federal”, esbravejou.

Para a próxima segunda-feira (12) está prevista uma nova reunião para que as arestas sejam aparadas. Para o senador Izalci, “essa reunião só terá valor caso os técnicos utilizem o final de semana para pensarem direitinho e fazer cumprir o que foi acordado, caso contrário, eu nem comparecerei”, disse o senador.

Clima

Nas delegacias e nos quarteis das corporações o clima está muito tenso. A Polícia Civil já tem programada uma assembleia para a próxima semana, caso a proposta não seja cumprida no que foi acordado. Nos batalhões e nas redes sociais o que se observa é que até conversas sobre uma nova Operação Tartaruga são ventiladas, mesmo que discretamente.

O que se espera é que o governo Lula da Silva, com apenas 5 meses de gestão, não permita uma crise justamente por conta e contra aqueles que fazem uma primordial segurança na Capital Federal.

É aguardar…

Assista ao vídeo:

Da redação

Por Jorge Poliglota…

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