Três vezes deputado federal, uma vez distrital e vice-governador na gestão Agnelo Queiroz, Tadeu Filippelli confirmou em entrevista ao Portal Opinião Brasília que concorrerá em outubro a uma cadeira na Câmara Legislativa do DF
Para Filippelli, as condições políticas são favoráveis aliadas a paixão que tem pela política. A decisão veio depois do incentivo de muitos correligionários que sempre acompanharam a trajetória do ex-governador.
Desde que assumiu seu primeiro mandato como distrital em 1994, Filippelli foi conquistando um capital político impressionante, eleito pelo antigo PP de Benedito Domingos. Em 1995 se filiou ao antigo PMDB, hoje MDB, que segundo ele será sua casa eterna.
Pelo momento político ele acredita que mesmo sem o capital político eleitoral de outrora conseguirá ajudar muito o MDB a eleger uma boa quantidade de parlamentares. “Sou o político que mais anda nesse Distrito Federal e coloco isso à prova. Sei o que o eleitor anda pensando e também a frustração nessa onda do “novo” que não colou para muitos. A renovação será inevitável”, disse.
As mudanças na legislação eleitoral terão uma interferência muito grande nessas eleições. Políticos com cargos terão muito trabalho para se manterem nos cargos e candidatos postulantes terão que correr bastante para alcançarem uma cadeira. Os que mais terão dificuldades serão aqueles que disputarão os pleitos pela primeira vez.
A saída de Ericka Filippelli do MDB foi assimilada, pelos analistas políticos local, como uma decisão estratégica e inteligente para buscar, também, uma vaga como parlamentar da Câmara Legislativa e, ao mesmo tempo, ajudar na reeleição do governador Ibaneis.
Questionado se a saída de sua nora do MDB, que é a atual Secretária da Mulher, teve uma pitada de estratégia para que não fosse um divisor de votos, Filippelli afirmou: “De forma alguma. Éricka vem desenvolvendo um excelente trabalho na pasta que ocupa e logicamente a busca por uma composição que lhe favoreça, caso tenha pretensão política, é mais do que natural. Acredito que na política, mas cedo ou mais tarde, todos caminharão juntos em prol de uma sociedade que clama pelo melhor”.
Sobre o apoio ao atual governo de Ibaneis Rocha (MDB), Filippelli foi discreto e não se aprofundou no tema. Preferiu enaltecer o trabalho do partido no DF e apenas acha que existem algumas coisas que precisam ser feitas. Não afirmou, mas também não negou apoio a Ibaneis no caso da reeleição, afirmando que “o partido não vai se decepcionar com relação a minha postura partidária. Nessa rodada (eleições), eu administrarei melhor a minha campanha”.
Da redação