Uma das maiores líderes sindicais do DF, Marli Rodrigues, presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde, motivada pela categoria, tomou a decisão de disputar uma das 24 cadeiras da Câmara Legislativa nas eleições de outubro
Nunca os partidos políticos estiveram tão empenhados na procura de mulheres para a disputa de cargos eletivos, exigência das novas regras eleitorais, como nestas eleições proporcionais de 2022.
A presidente do Sindsaúde, Marli Rodrigues, tem convites da maioria das agremiações partidárias que atua no Distrito Federal, que deseja a sua filiação.
Diante de tantas ofertas a líder sindical terá até o início de abril, para escolher, com calma, por qual partido irá concorrer ao pleito eleitoral de outubro.
O histórico de conquistas da sindicalista, conseguidas nos últimos quatro anos, para os mais de 35 mil servidores da saúde do DF, fez com que o segmento apostasse no seu nome para uma representação mais efetiva na Câmara Distrital.
Se os quatro últimos anos, da atual gestão, foram de colher frutos, os oito anos das duas gestões anteriores foram de intensas lutas, sem que os direitos dos servidores fossem respeitados e cumpridos.
Em 2011, início do governo Agnelo, o Sindsaúde decretou greve para exigir a incorporação imediata e total da gratificação por Apoio Técnico Administrativo (Gata) e implantação do plano de carreira e de saúde entre outras reivindicações. Não conseguiu.
Agnelo não se reeleger e deixou o Buriti sem pagar as horas extras, décimo terceiro dos servidores da saúde, além da falta de medicação e de alimentação no âmbito dos hospitais públicos.
No governo Rollemberg (PSB), a agonia dos milhares dos servidores da saúde foi bem maior, o que levou a maioria dos profissionais ao adoecimento devido à perda da autoestima.
“Foi o governo que mais massacrou e deu calote nos servidores, cuja maldade foi extensiva aos milhares de brasilienses que precisavam da saúde pública, transformada no caos. Agora ele quer voltar. ”, disse Marli Rodrigues neste sábado (05) ao site Radar Político do jornalista Toni Duarte.
Ela classificou o governo socialista como “uma árvore podre que acabou com a Saúde do DF; que fechou as portas do diálogo com os servidores em geral e tirou a chance de vida de muitos pacientes”.
“Há quem pense que luta só se faz com manifestação, mas existem diversas formas de conquistar seus direitos sendo preciso ter a sensibilidade para compreender qual tipo de articulação é favorável para cada momento”, pontuou.
Marli disse que o atual governo cumpriu com inúmeras demandas da categoria, como o direto a um plano de saúde para todos os servidores ativos e inativos com mais de 2.500 instituições credenciadas.
“Acompanhamos o pagamento das parcelas mensais do TPD e das pecúnias aos aposentados que estavam sem receber seus direitos desde 2016. Nos mobilizamos com servidores da Administração Central da Secretaria de Saúde (ADMC) para que a Lei da Gratificação de Movimentação (GMOV) fosse garantida a todos os trabalhadores da ADMC, Parque de Apoio e Hemocentro”.
A sindicalista disse que mesmo com a pandemia do novo coronavírus e com os impactos da Lei Complementar nº 173/20 do Governo Federal, que proibiu aumento de despesas com o funcionalismo público no Brasil, os servidores da Saúde do DF, puderam comemorar a incorporação total da Gratificação de Atividade Técnica-Administrativa (GATA).
“O governo Ibaneis continua honrando os compromissos com os servidores e vamos continuar cobrando por nossas demandas como o pagamento da terceira parcela que ocorrerá agora em abril e o reajuste do auxílio-alimentação, pleito que não abro mão”.
Marli afirmou que a decisão de concorrer uma das 24 vagas na Câmara Distrital foi tomada pela maioria dos servidores da saúde por entender que se faz necessário ter alguém que represente efetivamente o segmento no parlamento local.
“Serei candidata dos servidores da saúde e da população do DF a uma vaga na Câmara Legislativa”, anunciou.
Fonte: RadarDF