Antes mesmo da chegada ao Brasil do representante da Organização dos Estados Americanos para Liberdade de Expressão, Pedro Vaca, coisas estranhas começaram a acontecer envolvendo as denúncias de censura prévia praticadas pelo ministro Alexandre de Moraes do STF.
Perfis derrubados e bloqueados pelo ministro nas redes sociais do X (antigo Twitter), Facebook e Instagran de repente começaram a serem restituídos aos seus proprietários às vésperas da chegada do Comitê da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos).
Começou com Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. Depois uma conta no X do empresário Luciano Hang, bloqueada desde 2020 por Moraes, voltou ao ar no último dia 8. A mesma coisa aconteceu com os perfis do jornalista Guilherme Fiuza e de Bernardo Küster, que tiveram suas redes sociais bloqueadas após serem incluídos no Inquérito das Fake News, conduzido por Alexandre de Moraes, ministro do STF.
O Comitê se encontrou, primeiramente, com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, ministro responsável pelo Inquérito das Fake News; depois encontrou-se com senadores e deputados federais brasileiros; ouviu também alguns familiares de pessoas que se dizem perseguidas pela “censura prévia” e por fim encontrou-se com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Nos bastidores dos parlamentos alguns políticos, que pediram reservas, juram de pé junto que a atenção dada por Pedro Vaca e sua equipe aos relatos direciona para um relatório robusto junto a Organização dos Estados Americanos que poderá mudar muita coisa no país, “bagunçada”, segundo os parlamentares, desde as eleições de outubro de 2022 e os atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, definidos por Moraes como “anti-democráticos”, onde mais de 2 mil pessoas foram presas, perfis em redes sociais derrubados e até redes como o Twitter suspenso no país por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Nas redes sociais, manifestações acerca da “bondade” de Moraes foi amplamente debatida. “Moraes acha que somos TOLOS, BURROS e TAPADOS. As redes ‘liberadas’ por ele, às vésperas da visita da CIDH, não foi por acaso ou bondade: TRATA-SE DE ESTRATÉGIA para ‘limpar a barra’ e legitimar a censura, com certificação padrão CIDH. Só um tolinho para cair nessa…”, escreveu Paulo Faria, advogado do ex-deputado Daniel Silveira, preso por ordem do ministro do STF.
Segundo alguns parlamentares informaram, desde 2023 que denúncias já haviam sido protocoladas na Organização dos Estados Americanos e nenhuma providência havia sido tomada. Com a vitória e posse de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e a devassa que está sendo feita em muitas “coisas suspeitas”, inclusive de que os Estados Unidos interferiram nas eleições brasileiras através da USAID e a suspensão do envio de e recursos à organização, eles resolveram vir ao Brasil, “In Loco”, verificar a situação.
De acordo com declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também foi ouvido pelo Comitê representativo da OEA, espera-se que o relatório final a ser apresentado por Pedro Vaca seja robusto, verdadeiro e avaliado com bastante precisão para a apuração final do que aconteceu e está acontecendo no Brasil.
Agora, é aguardar os próximos capítulos…
Da redação…