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Senado é empurrado à humilhação e precisa reagir antes que o STF assuma controle total da República

A decisão de Gilmar Mendes que praticamente enterra qualquer possibilidade de impeachment de ministros do STF não foi apenas um sinal de abuso — foi um recado direto: o Supremo age como poder absoluto porque o Congresso permitiu que isso acontecesse. Agora, depois de anos engolindo decisões que atropelam a Constituição, o Senado está diante de um ponto de ruptura: ou reage imediatamente, ou será lembrado apenas como o Poder que abriu mão de suas prerrogativas sem lutar.

Gilmar reescreve a Constituição e reduz o Senado a espectador

Com uma decisão individual, Gilmar Mendes:

  • retirou dos senadores o direito de apresentar pedidos de impeachment,

  • tirou do presidente do Senado o poder de pautá-los,

  • e entregou tudo ao Procurador-Geral da República — cargo historicamente alinhado ao STF.

Na prática, o Supremo passou a ser um poder que se fiscaliza, se protege e se absolve sozinho. Não há nada mais distante do espírito democrático do que isso.

Mesmo assim, será o próprio STF que analisará a decisão de Gilmar, em julgamento virtual. Não é preciso ser especialista para prever o resultado.

Reações no Congresso: discursos fortes, ações tímidas

Diante da afronta, o discurso do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, parecia o início de uma resposta firme. Ele prometeu:

  • restaurar as regras que Gilmar suspendeu,

  • defender prerrogativas do Legislativo,

  • e reanimar projetos que limitam decisões individuais dos ministros.

Mas bastaram 48 horas para surgirem rumores de negociações de bastidor entre Alcolumbre e o STF. A “reação” começou a tomar a forma de uma acomodação controlada, em que o Senado finge reagir enquanto o Supremo mantém o comando.

Se esse acordo avançar, será a comprovação de que a cúpula do Legislativo prefere sobreviver politicamente a defender a Constituição.

Limitar decisões monocráticas é paliativo — e o STF pode ignorar

A aprovação na Câmara de um projeto que restringe decisões individuais dos ministros foi vendida como “resposta institucional”.

Mas especialistas apontam o óbvio:

  • a regra pode ser ignorada pelo STF,

  • pode ser declarada inconstitucional,

  • e não resolve o problema central.

As decisões monocráticas só se tornaram um problema porque passaram a ser usadas sem critério, em temas políticos e estruturais. Não é a ferramenta que está errada — é o abuso.

Sem reformas profundas, o “freio” vira enfeite.

O STF cresceu porque ninguém o conteve

O atual poder do STF não surgiu do nada. Ele foi alimentado por anos de omissão do Congresso.

Tudo começou a escalar com o Inquérito das Fake News, aberto em 2019 com base em um artigo do regimento interno que nunca foi criado para investigar cidadãos. A partir dali:

  • jornalistas foram censurados,

  • parlamentares foram punidos,

  • discursos políticos foram criminalizados,

  • e a liberdade parlamentar começou a ruir.

Mesmo vendo o avanço do Judiciário, o Congresso recuava cada vez mais — por medo, conveniência ou cálculo político.

O resultado é o cenário atual: um tribunal que decide sobre tudo, de qualquer jeito, sem contraponto real.

Reformas profundas são o único caminho

Juristas e cientistas políticos convergem em um ponto: remendos não resolvem.
É preciso mexer na estrutura.

Entre as propostas:

  • mandato fixo para ministros,

  • revisão de competências do STF,

  • regras claras para impeachment,

  • possibilidade de o Congresso revisar decisões da Corte,

  • redução do foro privilegiado,

  • e fortalecimento das prerrogativas parlamentares.

Essas medidas existem em democracias maduras. O problema é que faltou coragem política no Brasil para adotá-las.

O Senado precisa escolher: ou se levanta, ou desaparece como poder relevante

A verdade é dura: o STF só se comportou como poder absoluto porque o Senado permitiu.
E agora, diante de uma decisão que rasga suas prerrogativas, os senadores não podem continuar fingindo que tudo faz parte da “normalidade institucional”.

Se o Senado não mostrar força agora:

  • perde sua função de fiscalizador do STF,

  • perde relevância política,

  • perde autonomia,

  • e coloca em risco a própria separação dos poderes.

Este é o momento em que se decide se o Legislativo ainda existe como Poder independente — ou se o país vai aceitar silenciosamente um Supremo que age sem limites.

Texto elaborado com auxílio de IA

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