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Segurança pública alavanca Caiado à Presidência, mostra genial/Quaest

Levantamento indica que cresce número de brasileiros que conhecem governador de Goiás e da intenção de votos, que chega a 11%, e, num segundo turno com Lula, petista tem 42% contra 35% do goiano, diferença de apenas 7 pontos, que era de 15 nas outras rodadas

Em nova rodada, a pesquisa Genial/Quaest mostrou cenário de queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e na avaliação do seu governo e de melhora para a oposição, dentre os nomes o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB). Divulgados entre quarta-feira (12/11) e quinta-feira (13/11), os dados mostram a avaliação do governo Lula, projeções para as eleições de 2026 e a opinião dos brasileiros sobre a Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro, em 28 de outubro, contra o crime organizado.

Caiado, que era desconhecido, em maio, por 62%, e por 54%, nos meses de agosto, setembro e outubro, registrou agora ser desconhecido por 51%, o menor índice. Desse total, 15% dos que o conhecem afirmaram que votariam nele nas eleições de 2026, nas outras rodadas eram 13%, registrando, portanto, crescimento na intenção de votos. Em constante presença em agendas nacionais, o governador tem vencido seu principal desafio, o de se tornar conhecido e competitivo. Conforme disse o diretor da Quaest, Felipe Nunes, sobre a pesquisa, a pauta da segurança pública foi a principal arma da oposição. Justamente na qual Caiado mais se destaca.

A pesquisa apresentou como pré-candidatos o presidente Lula, Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PSDB), Ratinho Júnior (PSD), Eduardo Bolsonaro (PL) e Romeu Zema (Novo). Foram ouvidas 2.004 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Na pesquisa estimulada de intenção de votos, Caiado atinge 11% no melhor cenário, em que tem Lula e Eduardo Bolsonaro (PL), que aparecem com 39% e 24%, respectivamente. Já num cenário de 2º turno entre Lula e Caiado, o petista tem 42% das intenções de voto contra 35% do governador de Goiás, ou seja, apenas 7 pontos porcentuais de diferença. Na última rodada, Lula tinha 46% e Caiado, 31%. Dessa forma, a distância caiu de 15 para apenas 7 pontos.

Outro cenário em que Caiado se destaca é no crescimento entre os eleitores que se dizem independentes, com a pauta da segurança pública. De acordo com a pesquisa, a rejeição a Lula entre os eleitores desse grupo cresceu de 54%, em outubro, para 64%, em novembro. No mesmo segmento, Caiado subiu de 30% para 41% das intenções de voto, e Lula caiu de 33% para 29%. Tarcísio tem apenas 30% e Zema, 42%.

Os números mostraram também que, desde julho, a aprovação do governo Lula oscilava dentro da margem de erro para cima e a desaprovação, para baixo. Nesta rodada, o cenário se inverteu, e a aprovação oscilou para baixo e a desaprovação, para cima. A aprovação ficou com 47% (eram 48% em outubro); e a desaprovação, com 50% (eram 49%).

Atuante no tema da segurança pública, Caiado se destacou para 11% dos entrevistados, durante e após a Operação Contenção, segundo o levantamento da Quaest, tecnicamente empatado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 13%. O maior índice foi para o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), com 24%, que liderou a operação policial. Sobre o que os brasileiros acharam da operação, que Caiado defende assim como a atuação das polícias, 67% disseram aprovar, e 25% desaprovam; para 67%, a polícia não exagerou, e outros 29% responderam que sim.

Outro dado que mostra o interesse dos brasileiros com o tema segurança pública, é que a preocupação dos entrevistados com a violência subiu de 30%, em outubro, para 38% agora. De acordo com a Quaest, o assunto lidera os levantamentos sobre as maiores preocupações dos brasileiros desde maio, com oscilações ao longo dos meses.

Exposição na mídia nacional e colaboração com projetos e ações

A Operação Contenção, realizada pelas polícias Civil e Militar contra o crime organizado, no Rio de Janeiro, impulsionou o governador Ronaldo Caiado para o debate nacional sobre segurança pública. Partiu dele, no dia seguinte, a iniciativa de ir ao estado, junto a outros governadores, prestar solidariedade ao colega Cláudio Castro e oferecer apoio às forças de segurança do Rio.

Dois dias depois, Caiado participou de reunião com os governadores Cláudio Castro, Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (SC), Eduardo Riedel (MS), Tarcísio de Freitas (SP, por videoconferência) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, no Palácio Guanabara, e do encontro nasceu o “Consórcio da Paz”, com o objetivo de integrar forças de segurança e equipes de inteligência.

Caiado fez duras críticas ao governo federal e à atuação do presidente Lula frente ao crime organizado, o qual ele categorizou como “não sendo crime comum, mas terrorismo”. Ele criticou também a falta de apoio do governo federal e alertou para a tentativa de concentração de poder em Brasília por meio da chamada PEC da Segurança, que, segundo ele, reduz a capacidade de reação das polícias estaduais.

O governador goiano participou também de debate sobre segurança pública na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (12/11), quando defendeu, dentre outras medidas de endurecimento do estado contra o crime, a equiparação das facções criminosas ao terrorismo, para permitir penas mais severas e maior integração das forças de segurança. Caiado defendeu a necessidade de se retomar a autoridade do estado dentro dos presídios, como foi feito em Goiás nas suas gestões, e alertou para os riscos de se tirar poder dos gestores estaduais e enfraquecer as polícias.

Caiado apresentou, no início de novembro, seis propostas de emenda ao projeto de Lei Antifacção, enviado pelo presidente Lula ao Congresso Nacional. Entre as alterações sugeridas estão o fim das “saidinhas” para presos ligados a facções, o aumento do tempo mínimo de cumprimento de pena para progressão de regime — de 1/6 para 3/5, o equivalente a 60% — e a proibição de visitas íntimas a detentos identificados como integrantes de organizações criminosas. O governador propôs também a gravação obrigatória das audiências entre presos e advogados, a inclusão de faccionados em uma legislação antiterrorismo e o fim da audiência de custódia para acusados reincidentes. Segundo Caiado, as mudanças pretendem impedir que facções mantenham o controle das ações criminosas mesmo com seus líderes detidos.

Devido à exposição midiática nacional, Caiado pôde apresentar os resultados de Goiás como exemplo de política pública eficaz na segurança pública. O estado, desde 2019, registra queda contínua nos índices de criminalidade, com investimentos em inteligência policial, formação e controle do sistema prisional. Goiás registrou também, em outubro de 2025, o menor número de homicídios de toda a série histórica, iniciada em 2016. Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), 86% dos 246 municípios goianos não tiveram ocorrência de assassinato no período. Foram contabilizados apenas 57 casos, em 35 municípios. Isso significa uma redução de 77,7% em relação a outubro de 2016, quando houve 256 homicídios.

Com informações Tribuna do Planalto

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