O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, atribuiu a violência na Bahia ao governo anterior de Jair Bolsonaro. Ele disse que a flexibilização das regras para porte e posse de armas contribuiu para o aumento da letalidade policial e da disputa entre organizações criminosas no estado.
Cappelli negou que a Bahia esteja vivendo uma situação de descontrole, apesar das mais de 50 mortes resultantes de ações policiais contra o crime organizado. Ele argumentou que enfrentar o crime organizado não é possível com métodos suaves e que a polícia baiana é “boa”.
O secretário destacou que os confrontos entre organizações criminosas não são um problema exclusivo da Bahia e tentou associar a situação ao governo anterior de Bolsonaro. Ele disse que a disputa entre as duas maiores organizações criminosas nacionais “é um problema do passivo que foi gerado por falta de política de segurança pública nos últimos quatro anos”.
No entanto, é importante observar que a Bahia é governada pelo PT desde 2007, quando o petista Jaques Wagner assumiu. O partido emplacou mais dois mandatos, com Rui Costa (2015 a 2022) e, desde o começo do ano, com Jerônimo Rodrigues.
Cappelli também esclareceu que o governo da Bahia não está considerando uma intervenção federal no estado.
O confronto de policiais e grupos de crime organizado na Bahia é tratado com cautela e preocupação no governo federal.