Roosevelt Vilela: Saia justa no deputado. Culpado ou inocente?

Deputado distrital Roosevelt Vilela — Foto: Carlos Gandra/CLDF

Gosto muito do deputado Roosevelt Vilela (PSB-DF). Acho até que ele e o deputado Hermeto (MDB), Vice-líder do governo Ibaneis Rocha (MDB), e ambos representantes de categorias de grande importância para a sociedade de Brasília, como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, teriam muito a contribuir em prol dessas corporações.

Mas as últimas informações sobre o processo contra o deputado bombeiro que se arrasta desde as últimas eleições não são nada animadoras para essas classes tão sofridas e injustiçadas.

Caso se confirme as acusações constantes no inquérito, adeus qualquer pretensão política do então deputado pelos próximos 8 anos, no mínimo. Apesar das acusações fortes, o Parlamentar diz que acusações são “frágeis e levianas” e não irão prosperar.

O indiciamento pela Polícia Federal, por si só, já abala a carreira política de Roosevelt Vilela (PSB) e com certeza de qualquer parlamentar envolvido em falcatruas para se beneficiar futuramente, principalmente por acusações de crimes eleitorais, coisa que a população do DF já está escaldada e não aceita mais.

Segundo consta no inquérito, Roosevelt “montou um verdadeiro esquema criminoso de captação de votos”, ao usar da influência que detinha nas administrações do Park Way, Núcleo Bandeirante e Candangolândia e com isso se complica por completo. E estamos falando de investigações da Polícia Federal.

Relembre o caso

Em 2018, Vilela era administrador das três regiões. Mesmo tendo deixado o cargo às vésperas da campanha, a PF aponta que ele manteve domínio nas administrações e utilizou a máquina pública para se beneficiar. O deputado afirma que “as acusações são frágeis e levianas”.

O distrital foi indiciado por supostamente ter nomeado pessoas nas administrações em troca da promessa de voto, por chantagear apoiadores para que trabalhem na campanha em busca de mais votos e por não mencionar o trabalho desses apoiadores na prestação de contas – o que pode ser entendido como falsidade ideológica eleitoral.

Como ainda se trata de um inquérito e o parlamentar, como todo cidadão, tem direito a ampla defesa e ao contraditório, esperamos que ele se “safe” dessa provando sua inocência. Para a justiça o que interessa são provas e o “preto no branco”.

Desdobramentos

Uma dessas testemunhas – um comissionado que trabalhava em uma das administrações – também falou à TV Globo, em agosto de 2019. Ele relatou que era forçado a entregar uma lista com 100 nomes de pessoas que votariam para eleger o deputado distrital, sob ameaça de exoneração.

“Nós entregávamos essa lista para a coordenação, e o próprio deputado ou alguém próximo a ele ligava para cada um dos nomes da lista perguntando se a pessoa votaria no Roosevelt, e quem indicou. Se essa pessoa não confirmasse, esse comissionado que entregou essa lista que estava esse nome que negou era punido. Era ameaçado de exoneração”, afirmou.

O inquérito já foi remetido à Justiça Eleitoral. O Ministério Público deu parecer favorável ao seguimento do processo. Não há prazo para julgamento. Além de Roosevelt Vilela, mais três pessoas ligadas ao deputado foram indiciadas por participação no suposto esquema de captação de votos.

Da redação com informações do G1-DF

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