Deputado Federal pelo Distrito Federal, o “Professor Veras” utilizou as redes sociais para atacar a imprensa brasileira e as mídias alternativas, reconhecidas como “a nova imprensa”, para encobrir as falcatruas e roubalheiras do governo Lula, o qual ele apoia
É impressionante como alguns políticos esquerdistas de Brasília se comportam quando um escândalo de proporções incalculáveis parte do governo que eles defendem.
Por ser a capital federal e ter apenas 8 parlamentares na Câmara Federal e 3 no Senado, condição essa concedida através dos votos dos brasilienses, enquanto “forasteiros” de todo país vem pra cá sujar o nome de Brasília, deveriam esses defender com unhas e dentes o bom nome da capital. Mas surpreendentemente não é o que acontece.
E eis que o deputado Reginaldo Veras (PV) teve a cara de pau de propor uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com o objetivo de investigar portais de notícias e blogs que foram instrumentos cruciais na divulgação e até investigação das fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS. Parece um contrassenso de um cidadão que foi eleito empunhando a bandeira da moralidade, da educação e da transparência.
Mas assim como alguns outros que compõe a bancada federal do DF na Câmara, Reginaldo Veras apenas tentou jogar uma cortina de fumaça na sua fuga, sem justificativa a seus eleitores, por não ter assinado o requerimento para a abertura, essa sim necessária, de uma CPI para investigar o rombo nas aposentadorias e pensões de milhões de cidadãos, inclusive “colegas de magistério” seus aqui no Distrito Federal.
A postura de Veras foi vexatória; enquanto teve a oportunidade de mostrar a seus eleitores o quão é comprometido com o que prega, preferiu desferir sua ira sobre quem justamente colaborou para expor toda a roubalheira, encoberta pelo seu ex-presidente de partido (Veras já foi filiado ao PDT), Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência demitido por Lula ontem (2).
O recado do eleitorado está dado ao parlamentar do DF. Não haverá espaços para traidores do povo nas eleições do ano que vem. E se pensam que o eleitor tem memória curta, aguardem as aberturas das urnas. Brasília não é mais a mesma, principalmente quando parlamentares eleitos pelo povo prestam um desserviço da magnitude que o “Professor Veras” protagonizou.
“Quem com porcos se mistura, farelo come”, já diz um velho ditado popular.
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília