Todos devem se lembrar de Ricardo Cappelli. Sim, foi aquele cidadão nomeado por Flávio Dino, então ministro da Justiça de Lula, para ser o interventor da Segurança Pública do Distrito Federal quando dos acontecimentos do 8 de janeiro de 2023
Declaradamente candidato ao governo do Distrito Federal, nas redes sociais, para as eleições de 2026, apoiado pelo ex-governador Rodrigo Rollemberg e o hoje Ministro do STF Flávio Dino, todos do PSB, pasmem, ele apoia a redução do Fundo Constitucional do DF responsável pelo pagamento dos salários dos policiais, professores, médicos e demais profissionais da saúde candanga.
O Fundo Constitucional do DF recebe recursos diretos da União, é corrigido anualmente conforme a variação da Receita Corrente Líquida (RCL) da União e tem previsão legal na Constituição Federal. Para o ano que vem, 2025, o Orçamento do DF é de R$ 66,6 bilhões, sendo que R$ 25 bilhões são oriundos da União, por meio do Fundo Constitucional. Esses recursos são responsáveis pelo pagamento da Segurança Pública do DF e parte da educação e da saúde de Brasília. Alterações nos índices de reajustes irão prejudicar profundamente a Capital da República e sua população.
Se esse trio acha que em Brasília só tem eleitores de memórias curtas estão muito enganados
O eleitor candango é um dos mais exigentes do país e assim como ajudou a anular a esquerda no país, também no DF não houve brechas para que ela se levantasse e capenga está até hoje. Que o diga Leandro Grass, último candidato da esquerda no DF.
Rollemberg, o ex-governador, foi classificado como um dos piores gestores já sentados na cadeira do Executivo Local. Governou de costas para a sociedade, de portas fechadas para Brasília. Na primeira semana no Buriti, deu sinais de megalomania, ao passar a imagem de que não iria interagir com ninguém. E assim foi quase toda sua gestão, só percebendo quando já era tarde demais e caiu feio nas eleições de 2014.
Acabar com o FCDF é um sonho antigo
Não é de hoje que forças opositoras à Brasília tentam acabar com o Fundo Constitucional. Na mente daqueles que sequer vivem aqui, ou conhece a história de Brasília, o Fundo não passa de um privilégio.
Desde o início do governo Lula que essas tentativas vêm sendo colocadas em prática. A coisa se agravou depois do fatídico 8 de janeiro. Até estudos foram determinados por Dino, na época Ministro da Justiça, para que fosse criada uma Guarda Nacional com o nítido objetivo de punir as forças de segurança local e tirar delas a responsabilidade pelos prédios públicos, organismos internacionais e embaixadas domiciliadas no DF.
Dino deixou o Ministério da Justiça para assumir o cargo de Ministro do STF, mas deixou “encomendado a Cappelli essa missão, já que permaneceria no MJ. E é exatamente esse cidadão que pleiteia uma concorrência à cadeira local mais importante da Capital do País. Ele merece?
Vingança contra os Generais
Ora, se a saga do governo Lula é punir os Generais que, supostamente, planejaram um golpe de estado, que o faça através da Justiça que, aliás, está toda na sua mão. A pergunta que não quer calar é: O que os Policiais, Professores e Agentes de Saúde têm a ver com isso? E a população de Brasília?
Conspiração?
Ao que parece, a posição de Cappelli coaduna com o pensamento de muitos e sugere que o Fundo Constitucional do DF tem que sofrer alterações, ou até mesmo a sua extinção. Isso acontecendo, atingiria diretamente o governo de Ibaneis Rocha, sem se preocupar com os reflexos desastrosos na população do DF.
Na semana passada o PSB, dos três, lançou Cappelli como pré-candidato ao GDF, apadrinhado por Dino e Rollemberg, sendo que esse último quer retornar a cena política do DF a qualquer custo. No entanto, continua num silêncio sepulcral acerca da proposta do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de colocar o DF novamente na “alça de mira” do governo federal na tentativa de equilibrar as Contas Públicas que o próprio desgoverno Lula deixou chegar no patamar que está.
Por fim, se Cappelli ou outro qualquer pretenso candidato ainda não caíram na real, ir de encontro à Segurança Pública, Educação e Saúde no DF é um tiro de bazuca no próprio pé.
Aguardemos os próximos capítulos…
Da redação,
Por Jorge Poliglota…