O ato de lançamento do programa de governo da chapa Lula/Alkimin hoje em São Paulo se transformou num palco de reclamações, protesto e declarações, no mínimo, suspeitas
A comédia começou com a reclamação do vereador por São Paulo, Eduardo Suplicy. O ex-senador, petista declarado, se levantou da plateia e foi até a mesa onde estava Aloizio Mercadante (PT), coordenador do programa de governo, reclamar da abordagem sobre renda básica de cidadania, sua bandeira de vida. O ex-senador disse, em tom exaltado, que não foi convidado para os debates sobre o documento. “Não me convidou para essa reunião”, disse, estendendo os braços para Mercadante em protesto. “E continuarei trabalhando muito para que Lula e Alckmin instituam a renda básica de cidadania.”
Depois, Aloizio Mercadante afirmou que Lula estava muito bem orientado, pois Gilmar Mendes (Decano e Ministro do STF) estava orientando muito bem o ex-presidiário. A afirmação de Mercadante soou como algo gravíssimo, já que um ministro da mais alta corte do país, em pleno exercício de suas funções e que “descondenara” Lula, estava envolvido em questões políticas-partidárias.
Por fim, o coroamento do pífio evento, veio com a ação de um manifestante que entrou no evento, em um hotel nos Jardins (região central), durante os minutos finais da fala de Lula e chamou o ex-presidente de corrupto. O petista foi surpreendido, mas não deu resposta. O homem também gritou em direção a Alckmin uma frase sobre “voltar para a cena do crime”, em alusão a uma fala do ex-governador sobre o PT quando ainda era adversário.
Após o protesto, os manifestantes foram retirados por assessores e seguranças. Em seguida, a polícia foi chamada. Lula chegou a interromper sua fala e abreviou seu discurso. Alckmin ficou em silêncio, com o semblante sério. “Eu nem sei o que…”, disse o petista sobre a situação, virando-se para o vice.
Com informações br.noticias.yahoo.com